O País corre um risco
iminente em relação ao abastecimento de energia. A afirmação foi
feita, nesta sexta (24), por Péricles Pinheiro Filho,
estudioso de Geração Distribuída de Diesel na Ponta, que
participou da reunião da Câmara Setorial de Energia do Fórum
Permanente de Desenvolvimento Estratégico. “Essa geração feita à
base de diesel não é considerada nos cálculos de planejamento
elétrico da Agência Nacional de Energia Elétrica. Hoje,
ninguém tem dados concretos sobre o quanto está sendo gerado desta
maneira”, advertiu. Além de Pinheiro Filho, outros especialistas
estiveram no encontro para debater as questões e implicações que
envolvem a área energética e sua relação com a economia
brasileira.
Os participantes da
reunião chamaram atenção para o fato de estar se transformando em
prática comum empresas fazerem uso do diesel para geração de
energia barata nos horários de ponta, entre 17h30 e 20h30. Isso, de
acordo com Pinheiro Filho, traz riscos para o País, que vão desde o
maior nível de emissões de poluentes até erros estratégicos no
desenvolvimento da matriz energética que podem levar a futuros
apagões. “O custo médio da energia elétrica no Brasil aumenta
500% nos horários de ponta, o que leva ao uso, pelas empresas, de
geradores a diesel para fugir deste crescimento na tarifa. Mas, como
o cálculo do preço da energia é feito baseado nesta diferença, as
concessionárias de energia podem ter que transferir para o pequeno
usuário o déficit de receita”, apontou o estudioso.
A secretária-geral do
Fórum Permanente, Geiza Rocha explica a importância de se discutir
o tema: “As grandes empresas estão deixando de usar geradores de
forma emergencial para usar de forma constante e o diesel é
altamente poluente. Apesar da questão energética ser de âmbito
federal, o Estado do Rio de Janeiro tem potencial para ajudar a
construir outras formas de geração, como foi feito na experiência
do gás natural, além de fomentar o debate”. O Fórum Permanente
de Desenvolvimento Estratégico é um órgão vinculado à Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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