terça-feira, 18 de junho de 2013

ALERJ FUNCIONARÁ NORMALMENTE APÓS DEPREDAÇÕES‏

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Paulo Melo (PMDB), garantiu, nesta terça (18), que a Casa irá funcionar normalmente durante a semana. Ele lamentou a depredação do Palácio Tiradentes, ocorrida após a manifestação realizada na Avenida Rio Branco, e disse que a avaliação preliminar dos danos mostrou que vitrais, vidros e mármores do prédio, que é tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, foram atingidos. "Seria leviano não separar a manifestação legítima realizada ontem, que reuniu jovens, estudantes e trabalhadores da baderna cometida por desordeiros, não só aqui, como em outros prédios históricos, como o Paço Imperial e a Igreja de São José", pontuou Paulo Melo. Neste primeiro momento, o prejuízo está sendo estimado entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões, mas o trabalho de detalhamento ainda está sendo feito por funcionários da Alerj, em parceria com arquitetos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Grande parte dos vidros das janelas da Alerj, principalmente no segundo andar do Palácio, que foi inaugurado em 1926, foram atingidos, além de vitrais franceses e afrescos das fachadas e peças de mármore e do mobiliário, além de parte do Salão Nobre. O deputado disse que determinou que fosse feita, ontem mesmo, uma perícia nos locais atacados pelos ativistas. "Entrei em contato com a chefe de Polícia Civil, delegada Marta Rocha, e solicitei todo o empenho nesta investigação, não só sobre os danos registrados aqui, como também nos arredores, como o Paço, a igreja e o Mosteiro do Carmo", afirmou. Segundo ele, a equipe de seguranças da Casa, que não é armada, colaborou para que os prejuízos não fossem ainda maiores. "Temos uma bela biblioteca. Imaginem o que teria acontecido caso o prédio tivesse sido realmente tomado?", questionou ele, ressaltando, ainda, que o grande prejuízo foi "imaterial". "Mesmo nas grandes manifestações, as mais violentas, durante a ditadura militar, havia o cuidado pela preservação do patrimônio público. Foi uma destruição inconcebível", frisou.

Paulo Melo ressaltou que 75 policiais do 5º Batalhão de Polícia Militar na Praça da Harmonia ficaram retidos dentro do prédio da Alerj, durante o tumulto. O parlamentar assumiu as responsabilidades por não ter acionado o Batalhão de Choque para dispersar os responsáveis pelos prejuízos. Segundo ele, durante manifestações consideradas grandes, a Casa solicita a presença de 30 a 40 policiais militares, a título de reforço. "A polícia agiu de maneira apropriada. Ninguém queria vítimas, os ânimos estavam exaltados e tínhamos que evitar o pior", justificou o peemedebista. De acordo com o parlamentar, a Alerj, por ser uma Casa política e situada em um quadrilátero histórico, pode ter sido um local escolhido pela visibilidade. "A manifestação legítima foi pacífica, tanto que terminou na Cinelândia, em frente à Câmara dos Vereadores, que é o Parlamento municipal, e nada aconteceu de ruim. Me nego a usar a nomenclatura de protesto para o que aconteceu aqui. Houve vandalismo na Alerj, no Paço Imperial e na Igreja de São José", garantiu.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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