quinta-feira, 6 de junho de 2013

COMISSÃO QUER REVER ACESSO AO AUXÍLIO INVALIDEZ DE POLICIAIS‏

A necessidade de revisão dos critérios de acesso integral ao benefício Auxílio Invalidez foi defendida durante reunião da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que analisa a situação dos policiais vitimados no estado, nesta quarta (05). Relator da comissão, o deputado Flávio Bolsonaro (PP) disse que a análise desta questão pode aumentar o universo de beneficiados de 80 para 2000 servidores aposentados por invalidez, entre policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários. "Eles necessitam de medicamentos e cuidados permanentes de enfermagem para o resto de suas vidas, e há uma defasagem de profissionais e de orçamento para compra de materiais em diversos setores que atendem esses profissionais. A proposta da comissão é identificar esses nós e intermediar com o Governo a maneira de desatá-los", defendeu.

De acordo com a lei, apenas os agentes de segurança pública vitimados em serviço que tenham ficado para ou tetraplégicos têm direito ao auxílio-invalidez integral. A comissão pretende, em seu relatório final, propor que qualquer tipo de invalidez causada em serviço seja suficiente para a concessão do benefício. De acordo com o inspetor da Polícia Civil João Jorge Pinho, no caso da corporação o problema é maior, uma vez que, diferente das outras forças, benefícios como tratamentos específicos em hospitais próprios, troca periódica de cadeiras de rodas e entrega de medicamentos não são comuns. Pinho está aposentado há 17 anos, e disse necessitar da ajuda de amigos para sobreviver, pois tem gastos mensais de mais de R$ 2 mil, entre medicamentos, fraldas e manutenção de sua cadeira de rodas. "Prestei 25 anos de serviços à Polícia, me acidentei em serviço e me sinto humilhado quando tenho que solicitar algo que me deveria ser garantido", lamentou o inspetor.
 
Além desta questão, a comissão espera, ainda, a resposta de órgãos da segurança pública acerca do número de profissionais e de seus orçamentos, para o encerramento do relatório. Bolsonaro explicou que a comissão deve suspender os trabalhos, até o recebimento destes dados. 

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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