O edital para a
realização de um concurso público para o Theatro Municipal do Rio
de Janeiro deve ser publicado na segunda quinzena de julho. Foi o que
informou o diretor Administrativo e Financeiro do Theatro, Silvio
Cesar, durante audiência pública da da Comissão de Cultura da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pelo deputado Robson Leite (PT). “O pedido de realização do concurso foi
aprovado pelo governador Sérgio Cabral e publicado no Diário
Oficial no dia 21 de maio, abrindo 39 vagas para músico
instrumentista, 22 para coristas e 13 para bailarinos. A partir deste
prazo, o edital tem 90 dias para ser finalizado e publicado, abrindo
o processo seletivo”, explicou. O presidente da comissão anunciou
a formação de um grupo de trabalho para acompanhar a elaboração
do edital. “Vai ser um grupo de trabalho paritário, com o corpo do
Sindicato, a direção do Theatro e a Comissão de Cultura. Vamos
fazer um acompanhamento dos compromissos aqui assumidos pela direção
do Theatro Municipal”, disse Robson Leite.
Questões como reajuste
salarial e falta de servidores preocupam o presidente da Associação
do Coro do Theatro, Pedro Oliveira. Segundo ele, o último concurso
público para a contratação de artistas de balé e orquestra foi
realizado em 2002 e, de lá para cá, muitos se aposentaram,
desfalcando o grupo. “Precisamos de mais ou menos 40 vagas para o
coro, para chegarmos a um nível de excelência e de espetáculos
internacionais. Além dessas, a orquestra precisa de mais de 60
vagas, e o balé, de 25 vagas”, explicou Oliveira, acrescentando
que o Theatro efetuou alguns contratos temporários como medidas
paliativas para as suas atuais necessidades.
Para o maestro Jesús
Figueiredo, o déficit de pessoal atrapalha o desempenho do grupo. “O
concurso deve ser feito com mais frequência, e não a cada 10 anos”,
disse. Diante dos pontos discutidos, Robson Leite garantiu que
buscará soluções o mais breve possível. “Precisamos repor as
pessoas que saíram e ter a conversão salarial e os reajustes,
porque é um direito. É bom para o músico, é bom para o artista e
sobretudo, fundamental para a cultura e para o Rio de Janeiro”,
finalizou o petista.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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