A construtora AG Prima e seus sócios foram incluídos no Cadastro Interno Restritivo de Habitação, que impede novos contratos com a Caixa Econômica Federal. A informação foi dada durante reunião ordinária realizada nesta segunda (23) pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro criada para apurar as causas relativas ao atraso na entrega de imóveis pelas construtoras no estado, presidida pelo deputado Gilberto Palmares (PT). “Nós ainda vamos ouvir outro diretor da AG Prima, mas está claro que essa empresa lesou os adquirentes. As denúncias comprovam a falta de idoneidade”, afirma Palmares.
Gerente regional de Construção Civil da Superintendência da CEF no Centro-Leste Fluminense, Fábio Quintino explicou que o único contrato que o banco teve com a construtora foi o do empreendimento Residencial Lagoa Dourada, em Araruama, Região dos Lagos, que faz parte do programa Minha Casa Minha Vida: “O contrato não foi cumprido pela AG Prima, pois em 12 meses de obras ela só concluiu 30% da construção. Esse atraso, aliado às diversas reclamações dos mutuários, fez a CEF rescindir o contrato”, disse Fábio, que ainda explicou a próxima etapa do processo: “Estamos estudando uma nova construtora, que vai terminar a obra. Os custos já foram aprovados pela Caixa, e esperamos conseguir entregar o empreendimento até o fim do ano que vem”, afirmou.
A AG Prima já havia sido ouvida pela comissão no início de setembro, mas Palmares garantiu que ela será chamada novamente, em data a ser definida. Ele também ressaltou que a Caixa irá retornar à comissão. “A CEF tem um peso de 70% no mercado imobiliário do país, por isso, nós, da CPI, achamos que a entidade possui uma responsabilidade maior do que a que foi admitida pelos superintendentes. O nome da CEF é muito forte, e dá certa segurança aos mutuários na hora da compra do imóvel”, disse o presidente da comissão.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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