terça-feira, 26 de novembro de 2013

DEPUTADA JANIRA ROCHA (PSOL) NEGA COTIZAÇÃO EM SEU GABINETE‏

A deputada Janira Rocha (PSol) negou, nesta terça (26), durante depoimento à Corregedoria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a existência da cotização em seu gabinete. No entanto, a parlamentar confirmou que havia uma contribuição militante e voluntária de pessoas que trabalhavam no seu gabinete e faziam parte de uma mesma corrente política que ela, dentro de seu partido, o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade. Durante quase três horas de depoimento, Janira pediu ainda que a corregedoria ouça testemunhas que possam fortalecer o que foi dito por ela durante a oitiva desta manhã.

“Aquela cotização que é crime, que envolve o dinheiro público, onde existe a obrigatoriedade, a coação sobre o servidor e que existe o beneficiamento particular do parlamentar, esse tipo de cotização não existe”, explicou Janira. A parlamentar disse ainda que não há provas formais e materiais de que havia a obrigatoriedade para a cotização.
“Se você faz parte de uma igreja, você vai pagar dízimo. Se você é de um movimento, você também vai pagar uma contribuição. Só que no movimento é diferente, ninguém vai te obrigar. No MTL, que é um dos movimentos sociais dentro do partido, do qual algumas dessas pessoas do gabinete pertenciam junto comigo, nós pagávamos a contribuição eventualmente. Eu, por exemplo, pago todo mês. No meu gabinete há pessoas que eram do movimento, outras que não, tem pessoas até de outro partido e ninguém era obrigado a contribuir.", esclareceu.
A parlamentar disse ainda que confia na investigação feita pela corregedoria da Casa e atribuiu a repercussão do caso a sua posição política dentro da Assembleia. “Eu sempre tive uma posição política clara de oposição ao governo e um posicionamento muito duro, muito firme com relação ao posicionamento da Casa na relação com o executivo. Atribuo essa grande polêmica a uma maior vontade de me quebrar politicamente do que efetivamente provas que comprovem a cotização. Eu espero que o bom senso impere e que não me condenem pela minha posição política, mas sim, pelo que objetivamente possa ser provado contra mim e aí eu estou muito tranquila”, ressaltou a parlamentar.
Corregedor da Casa, o deputado Comte Bittencourt (PPS), disse que a corregedoria vai analisar os fatos trazidos pela deputada e só então decidirá os próximos passos. “Vamos agora trabalhar nos elementos que a deputada trouxe hoje, temos dados importantes. Já ouvimos 13 testemunhas e temos um material vasto. Se necessário faremos mais oitivas, se acharmos que não tem mais necessidade de novos depoimentos entregaremos nossa conclusão à Mesa Diretora da Casa”, explicou Comte. Janira está sendo investigada por quebra de decoro parlamentar. O processo pode levar à perda de mandato.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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