A fase de tomada de depoimentos da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o sistema de transportes em Niterói terminou hoje (25). A chamada CPI dos Ônibus da Câmara de Vereadores ouviu, pela segunda vez, o titular da Secretaria de Serviços Públicos, Trânsito e Transportes e presidente da Empresa de Moradia, Urbanização e Saneamento, José Roberto Mocarzel, que respondia pelos órgãos durante o governo passado. O antigo titular da Niterói, Trânsito e Transportes, Sérgio Marcolini, que também prestou dois depoimentos à Comissão, acompanhou por livre iniciativa o retorno de Mocarzel à Câmara. A CPI parte, agora, para a elaboração do relatório final que, segundo o relator Luiz Carlos Gallo (PROS), estará concluído antes de 15 de dezembro.
Praticamente nenhum dado novo foi acrescentado ao primeiro depoimento. Mocarzel comparou as planilhas de custo a uma receita de bolo, onde todos os secretários seguem um formato predeterminado. O presidente da CPI, vereador Bruno Lessa (PSDB), questionou a falta de uma análise mais criteriosa dos dados das planilhas e a guarda dos documentos oficiais.
"Os dados eram remetidos à Secretaria Municipal de Governo que concedia reajustes sempre abaixo dos indicados pela tabela. A lei não permite a invasão na contabilidade das empresas, conforme foi sugerido" disse Mocarzel.
Diversidade
O ex-subsecretário, mais descontraído dessa vez, também falou sobre a falta de banheiros nos pontos finais das linhas municipais, uma das reivindicações dos rodoviários, alegando que a manutenção tornaria a obra inviável; disse que não indicou nenhum membro para fazer parte da Comissão de Licitação que definiu os dois consórcios de empresas de ônibus que operam na cidade e, ao final, ainda falou sobre as obras do Mergulhão Ângela Fernandes, sobre o plano de trânsito elaborado pelo arquiteto Jaime Lerner; o deslizamento do Morro do Bumba e até sobre sua passagem pelo gabinete do deputado estadual Paulo Ramos, do PSOL.
Ascom CMN
Edição: Camilo Borges
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