O presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Márcio Pacheco (PSC), defendeu, durante audiência pública nesta quinta (22), a remodelação dos Centros de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil para receber as crianças e adolescentes com espectro autista. As unidades são administradas pelas prefeituras locais, e atendem pessoas com distúrbios e doenças psiquiátricas.
Para Pacheco, a principal crítica é quando essas crianças recebem no mesmo espaço, o mesmo tratamento que pessoas com transtornos decorrentes de riscos sociais, como drogadição e alcoolismo. “Do jeito que está não é adequado. É preciso uma separação nesses dois tipos tratamentos. O Capsi é um braço importante, não podemos fechar uma porta se temos uma avenida imensa para atender. Mas ele não deve ser o único, por isso defendo a criação de centros específicos de tratamento, por exemplo”, defende.
Em resposta, a assessora da Infância e Adolescência da Superintendência de Saúde Mental da Secretaria de Saúde da Prefeitura do Rio, Sandra Arouca afirmou que os tratamentos respeitam a singularidade de cada situação. “Nosso objetivo é trabalhar o mundo como ele é. Em um mesmo lar podemos encontrar os dois problemas. O enquadro terapêutico e o turno onde as atividades vão acontecer, por exemplo, é um sistema que vai ser pensado por equipe, tendo o cuidado de preservar a segurança de cada um”, explicou. Ela reforçou ainda a necessidade de se trabalhar o território. “São várias forças de trabalho que precisam criar uma rede de cuidado. Por isso, os Capsi trabalham dentro dos locais, mas fora deles também, buscando ajuda de outros setores que precisam participar da construção coletiva”, concluiu.Para Pacheco, a principal crítica é quando essas crianças recebem no mesmo espaço, o mesmo tratamento que pessoas com transtornos decorrentes de riscos sociais, como drogadição e alcoolismo. “Do jeito que está não é adequado. É preciso uma separação nesses dois tipos tratamentos. O Capsi é um braço importante, não podemos fechar uma porta se temos uma avenida imensa para atender. Mas ele não deve ser o único, por isso defendo a criação de centros específicos de tratamento, por exemplo”, defende.
Segundo o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil, Geraldo Marcos Nogueira Pinto, os profissionais são o que os Centros tem de melhor. “Precisamos de mais agentes em outros organismos de atendimento. Pude observar que o nível dos profissionais é muito bom, o que atrapalha por vezes é a falta de gestão dos governantes. O ponto focal da luta é exigir do poder público um atendimento eficaz”, disse, afirmando também que “o principal inimigo na sociedade é a exclusão social”.
A Lei federal, conhecida como Lei Berenice Piana, que reconhece o autismo como deficiência, também foi debatida durante o encontro. Subtenente do Exército e autor do livro “Autismo no Brasil, um grande desafio”, Ulisses da Costa Batista destacou os benefícios da norma. “Agora essa criança passa a ser contemplada em vários benefícios, que na verdade são direitos, como atendimento multidisciplinar, dando direito ao lazer, trabalho, desporto, medicação e assistência assistida, por exemplo. Antes, não havia no Brasil o tratamento específico para o autismo”, ressaltou.
Comunicação Social da Alerj
Nenhum comentário:
Postar um comentário