A importância do trabalho do grupo Pela Vidda e da médica infectologista Márcia Rachid, voltado para o tratamento e a prevenção da Aids, foram reconhecidos durante sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro nesta terça-feira (20), com a entrega da Medalha Tiradentes à profissional e à instituição. O presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB), um dos autores da homenagem, ao lado dos deputados Marcelo Freixo (PSol) e Gilberto Palmares (PT), disse que a homenagem também era uma forma de trazer o tema para o debate. “A Aids foi muito discutida nas décadas passadas, vitimou pessoas importantes, pessoas famosas, mas de uma hora para outra ela caiu no esquecimento. Mas ela continuou vitimando e incapacitando pessoas”, afirmou.
Desde 1980 até junho de 2012 o Brasil teve 656.701 casos registrados de Aids, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. Uma das homenageadas que luta para diminuir a incidência da doença é a médica infectologista Márcia Rachid, que desde 1985 realiza atendimento aos pacientes infectados com HIV e luta em defesa dos direitos dessas pessoas. O deputado Marcelo Freixo acompanha seu trabalho desde a década de 90, e chegou a trabalhar ao seu lado. “A Márcia coordenou um trabalho que eu fiz de prevenção ao HIV dentro dos presídios do Rio, e ali eu conheci uma pessoa extraordinária, que dedicou boa parte da sua vida no enfrentamento da Aids”, lembrou. Márcia, emocionada, agradeceu a honraria e ressaltou a importância da Medalha Tiradentes, mais alta comenda do Estado. “É um estímulo, uma garra para continuar e mostrar que vale a pena. É muita luta, são muitas barreiras a serem enfrentadas no dia a dia porque os pacientes são muito discriminados”, explicou.
Já o Grupo Pela Vidda-RJ busca quebrar o estigma relacionado à doença, além da reintegração no cotidiano social das pessoas vivendo com HIV e Aids, além da defesa dos direitos dessas pessoas. O coordenador de projetos do Grupo, Márcio Vilar, ficou satisfeito com o reconhecimento recebido da Alerj, e afirmou ser um “estímulo para continuar". "Com o passar do tempo esta luta vem perdendo a força e o voluntariado em torno dela, em função da invisibilidade da epidemia de AIDS”, lamentou.
A taxa de mortalidade da doença divulgada pelo boletim do Ministério da Saúde registra queda. Em 2002 era de 6,3 casos por 100 mil habitantes, passando para 5,6 em 2011. Apesar da redução, o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), que esteve presente na cerimônia, ressaltou a importância de haver um reconhecimento para o trabalho não pare. "Apesar de todos os esforços de massa para defender a dignidade das pessoas vivendo com HIV, para cobrar políticas de prevenção, a epidemia voltou a crescer entre os segmentos estigmatizados”, frisou.
Edição: Camilo Borges
Já o Grupo Pela Vidda-RJ busca quebrar o estigma relacionado à doença, além da reintegração no cotidiano social das pessoas vivendo com HIV e Aids, além da defesa dos direitos dessas pessoas. O coordenador de projetos do Grupo, Márcio Vilar, ficou satisfeito com o reconhecimento recebido da Alerj, e afirmou ser um “estímulo para continuar". "Com o passar do tempo esta luta vem perdendo a força e o voluntariado em torno dela, em função da invisibilidade da epidemia de AIDS”, lamentou.
A taxa de mortalidade da doença divulgada pelo boletim do Ministério da Saúde registra queda. Em 2002 era de 6,3 casos por 100 mil habitantes, passando para 5,6 em 2011. Apesar da redução, o deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), que esteve presente na cerimônia, ressaltou a importância de haver um reconhecimento para o trabalho não pare. "Apesar de todos os esforços de massa para defender a dignidade das pessoas vivendo com HIV, para cobrar políticas de prevenção, a epidemia voltou a crescer entre os segmentos estigmatizados”, frisou.
Comunicação Social da Alerj
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