sexta-feira, 22 de agosto de 2014

COMISSÃO BUSCARÁ SOLUÇÃO PARA CASO DO ESTALEIRO EISA JUNTO À FIRJAN‏

O atraso salarial dos 3,2 mil operários do Estaleiro Ilha S.A (Eisa), há dois meses sem receber, levará a Comissão de Trabalho, Legislação e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro a agendar uma reunião com a Federação das Indústrias do Estado do Rio. O encontro foi decidido durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (21), no plenário da Alerj.
“Não existe explicação, não há o que possa justificar o que está acontecendo no estaleiro Eisa. As encomendas estão lá, as plantas estão sendo desenvolvidas, os investimentos foram feitos. Por que os salários e os empregos não são mantidos?”, questionou o  presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PSol), anunciando que o grupo também fará visitas às empresas que contrataram o estaleiro. “Temos que investigar as empresas que contrataram o estaleiro, descobrir o que está acontecendo”, afirmou.
A crise na empresa começou no dia 14 de junho, quando todos os operários, inesperadamente, foram postos em férias coletivas. No retorno, dia 30 de junho, eles foram informados de que não retornariam aos postos de trabalho e que passariam à licença remunerada. Mas não receberam seus salários desde então. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio, Alex Santos, contou que a remuneração desses funcionários chega, em média, a R$ 2.172, o equivalente a três salários mínimos. “O trabalhador, nessa faixa salarial, não tem reserva. Ele trabalha com o salário do mês e já está há dois meses sem receber, caminhando para o terceiro. Isso não pode ser considerado normal”, criticou. Além dos salários atrasados, também foram cortados os planos de saúde e tickets alimentação. “Muitos têm problemas de saúde graves e estão com cirurgias e quimioterapias já agendadas”, relatou Santos.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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