A Câmara Setorial de Formação Profissional e Educação Tecnológica do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado voltou a discutir, nesta sexta (12) a reformulação do ensino técnico, apresentado pelo professor Roberto Boclin, presidente do Conselho Estadual de Educação. Durante o encontro, Boclin reforçou a importância da criação e implantação de um novo currículo da educação profissional no âmbito do Rio de Janeiro, sem ferir o que dispõe a legislação federal.
“A formação técnica é aquela em que o profissional de fato aprende a manusear os equipamentos. Como as empresas não encontram isso nas instituições de ensino, algumas estão criando seus próprios mecanismos de formação dos seus profissionais, uma espécie de educação corporativa. A grande questão é até quando isso vai dar resultado no futuro”, frisou Boclin, que defendeu uma adequação da estrutura curricular que atenda às demandas e necessidades da indústria.
Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Educação no Rio de Janeiro, Delmo Ernesto Morani, a formação de professores também é um ponto de atenção. “Atualmente temos um quadro de total desincentivo na carreira, e a qualificação do professor atinge diretamente toda a formação profissional, seja na faculdade ou educação profissional”, afirmou. Delmo também defendeu a interdisciplinaridade, para alunos e professores: “A mobilidade dos docentes entre as várias áreas do conhecimento é essencial. A Secretaria de Estado de Educação, todos os anos, contrata professores que não são formados em Física para dar aula de Física, por exemplo. Um professor de Matemática deveria estar preparado para ministrar aulas de Ciências Matemáticas e Físicas”.
Para a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha, antes de ser apresentado à Comissão de Educação da Casa, o anteprojeto do professor Boclin precisa de reformulações. “Vamos encaminhar a proposta de mudanças em alguns itens para todos os membros da Câmara Setorial, para que todas as instituições possam comentar e fazer as suas propostas de alteração”, ponderou Geiza, afirmando ainda que a principal preocupação das entidades é “não restringir o profissional e não criar barreiras para que alguém que passe por esse processo, três anos de ensino profissionalizante, não possa ir para uma universidade ou mudar de área”.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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