SESSÃO SOLENE MARCA OS 70 ANOS DA SOCIEDADE FLUMINENSE DE FOTOGRAFIA‏

Sete décadas de memória fotográfica e de formação de novos profissionais foram lembradas durante sessão solene em homenagem a Sociedade Fluminense de Fotografia. Familiares dos fundadores, uniram-se ao atual presidente da SFF, Antônio Machado; aos profissionais de fotojornalismo; e frequentadores da Sociedade de Fotografia para as homenagens prestadas pelo presidente da Câmara, vereador Paulo Bagueira (SDD). Como não poderia ser diferente, no hall de entrada foi aberta a exposição “Niterói, menina dos meus olhos”, do fotógrafo e professor Ricardo Pimentel. A mostra fica aberta à visitação pública até 15 de abril.

Durante a sessão aberta por Bagueira e entregue ao presidente Antônio Machado, o Toninho, para condução dos trabalhos, a mesa principal foi composta por Luiz Fábio da Silveira, Zalmir Gonçalves, Luiz Fábio Bittencourt e Ricardo Pimentel. Ao entregar Moção de Congratulações a Aplausos à Sociedade Fluminense de Fotografia, o presidente do Legislativo colocou a Câmara a disposição da instituição e de seus associados para “o que estiver ao alcance da Casa”.

Também receberam moções da Câmara Nair Avellar Nunes, vice-presidente da SFF, que nunca se afastou do grupo deste que chegou; e o jornalista Luiz Antônio Pimentel, único fundador ainda vivo, que completou 103 anos no último domingo, representado por Paulinho Muniz. Os fundadores Walter Fialho Bittencourt e Jayme Moreira de Luna, ambos representados por filhos e netos, também receberam moções in-memorian, entregues por Bagueira.

                              

“Cada vez que pesquiso as atas, os arquivos, o acervo da Sociedade de Fotografia aumenta a noção da importância dessa memória para a história do estado e do Brasil. Em 12 de outubro de 1944, com o mundo em guerra, 39 pioneiros assinaram a ata de fundação. É nosso dever e das novas gerações continuar o trabalho. A era digital é maravilhosa, mas pode colocar em risco nossa memória” disse o presidente Antônio Machado.

                             

            A FUNDAÇÃO

A história começa nos tempos da Segunda Guerra Mundial, quando o mineiro Jayme Moreira de Luna, fotógrafo e bacharel em Direito, mobilizou um grupo de amigos também apaixonados pela fotografia para fundar a Sociedade na sua própria casa, em Niterói. Presidente reeleito por várias vezes, criou também a SFF-Revista. Jayme teve trabalhos sobre lugares e gente do país premiados em muitas exposições internacionais, o que ajudou a projetar a fama da SFF entre fotógrafos profissionais e amadores. Em 1949, uma lei autorizou o então Estado da Guanabara a doar um terreno para a construção da sede.

            “MENINA DOS MEUS OLHOS”

Imagens de Portugal Pequeno e seus pescadores; as praias oceânicas e aspectos de Icaraí, São Francisco e Boa Viagem. Os símbolos naturais criados pela Natureza, como a Pedra de Itapuca; e os construídos pelo homem, como o Museu de Arte Contemporânea, MAC, para os mais íntimos. Aspectos do Caminho Niemeyer; os voos de parapente no Parque da Cidade; o sagrado das igrejas históricas e o “profano” dos fortes e fortalezas militares. Nada escapou ao olhar e as lentes de Ricardo Pimentel.

Aos 56 anos, o carioca apaixonado por Niterói prepara ensaio sobre os esportes radicais praticados na cidade.

“Foram os muitos alunos moradores da cidade que fizeram com que eu descobrisse a cidade, seus encantos, cantos, recantos e belezas” confessa o fotógrafo. 

Ascom CMN

Edição: Camilo Borges