segunda-feira, 10 de julho de 2017

Espaço Cinema da Câmara de Niterói exibe documentário sobre Wilson Simonal.

Espaço Cinema da Câmara de Niterói traz para o mês de julho o documentário “Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei”, dirigido por Calvito Leal, Claudio Manoel e Micael Langer. A produção é de 2008 e mostra a trajetória do cantor que, durante a década de 60, foi um dos mais importantes artistas que o Brasil conheceu. Com duração de 86 minutos, o documentário será exibido com entrada franca nesta terça-feira (11), às 17 horas, no Auditório Cláudio Moacyr da Câmara, no segundo andar do prédio do Legislativo.

Wilson Simonal, aliando seu talento e carisma, venceu o preconceito por sua cor e origem humilde e atingiu um estrelato nunca alcançado antes por um músico negro. Durante quase uma década, o ex-cabo do Exército fez sucesso no Brasil e fora dele, se tornou um símbolo sexual, além de chegar a viajar com a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 1970. Porém, um incidente mal explicado o levou ao anonimato.

Segundo o site especializado Guia de Cinema de São Paulo, no início da década de 70, “Simonal percebeu que estava sendo roubado por seu contador. De pavio curto, o cantor contratou um grupo para dar uma surra no traidor. O episódio envolveu agentes do DOPs (Departamento de Ordem Política e Social), e o obscuro fato fez com que se espalhasse a notícia de que o músico era informante do regime militar. Sem provas contra ou a favor do artista, Simonal foi condenado ao ostracismo, morrendo como um desconhecido em 2000”.

Ainda conforme o Guia de Cinema, “quando leu sobre o cantor, o humorista Claudio Manoel, do Casseta & Planeta, decidiu estrear na direção de cinema com o filme ‘Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei’. Mesmo sendo conhecido, Claudio não obteve qualquer apoio para o projeto, já que a maioria já não se lembrava do músico. O humorista pagou o filme do seu próprio bolso e recebeu a ajuda de Micael Langer e Calvito Leal, que o co-dirigiram. Nele, diversas pessoas que conviveram com Simonal à época dão seu depoimento para tentar entender o que aconteceu na realidade, inclusive o próprio contador”.


Ascom CMN
Edição: Camilo Borges

Nenhum comentário:

Postar um comentário