Neste domingo, dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos, várias cidades do mundo, incluindo Niterói, comemoram o Halloween, ou Dia das Bruxas. Segundo a lenda, nesta data os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, as pessoas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros. Neste dia é costume contar histórias de terror locais para assustar os mais crentes, e em Niterói, que também tem sua cota de aparições e fantasmas, não poderia ser diferente. São várias narrativas, que vão desde crianças afogadas até possíveis noivas vagando em noites de lua cheia, que há anos habitam a imaginação de quem mora na cidade.
Ninguém pode afirmar com certeza se estas histórias são verdadeiras ou não, mas elas foram passadas de geração a geração, como um fato verídico e já fazem do cotidiano dos moradores do município. São tantos contos que a Secretaria Municipal de Cultura e Fundação de Arte de Niterói resolveu fazer o Mapeamento Cultural , e o resultado será publicado em um livro no ano que vem. Confira abaixo, algumas lendas da cidade, que farão parte deste trabalho:
O CASO DAS BARCAS - Conta-se que, por volta de 1910, a primeira barca com luz elétrica entrou em funcionamento, uma velha barca da Cantareira. Acidentalmente, houve um incêndio proveniente de um curto circuito, fazendo com que a embarcação, repleta de crianças a bordo, afundasse. De acordo com os “contadores de história”, até hoje é possível, além de ver espíritos que assombram as barcas que fazem o percurso Rio-Niterói, ouvir gritos, vozes e risos de crianças. Diz-se que comumente esses fantasmas “frequentam” as últimas barcaças da noite. Porém a história diverge em um ponto: Uns dizem que o naufrágio aconteceu no meio da travessia Rio-Niterói e outros que foi próximo à Praia do Gragoatá.
A LENDA DA NOIVA DE BRANCO - Os moradores do Fonseca contam que, em noites de lua cheia, aparece o fantasma de uma mulher que morreu no dia do seu casamento. E, desde então, ela fica vagando próximo à Riodades vestida de noiva atrás do marido.
FRANCESA DE SÃO FRANCISCO - Diz a lenda que a primeira moradora do bairro São Francisco, em 1933, era uma francesa que comprava perfumes da França para revender no Rio de Janeiro. Ela morava numa casa muito grande, no meio de uma colina que se localiza em volta do bairro. Após sua morte, a casa foi derrubada. Alguns anos depois, pessoas que faziam caminhadas e subiam por esse morro afirmam que, nas noites de março, era possível ver essa casa e observar a tal francesa em uma das janelas.
Texto: Soraya Batista ( A Tribuna)
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