quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

WikiLeaks divulga novos documentos após prisão de seu criador

Buenos Aires - O site WikiLeaks publicou hoje (8) nova rodada de documentos da diplomacia norte-americana, mesmo após a prisão, ontem (7), de seu criador, o australiano Julian Assange. Ele foi preso em Londres, logo após se apresentar a uma delegacia da capital londrina. Assange é procurado pela polícia da Suécia, onde é acusado de delitos sexuais, entre outros crimes.

Ele nega as acusações, afirmando que elas fazem parte de um complô dos Estados Unidos em represália ao vazamento dos papéis da diplomacia norte-americana em agosto passado, tratando de informações confidenciais sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. O site Wikileaks informou que os vazamentos continuarão.

Os ultimos documentos revelam que a Líbia ameaçou o Reino Unido com "terríveis" represálias comerciais se o país não libertasse o acusado de um atentado contra um avião da extinta companhia aérea norte-americana PanAm. O avião caiu na localidade escocesa de Lockerbie, em 1988.

Um segundo documento descreve em detalhes as excentricidades de Muammar Khadafi, líder da Líbia. Um embaixador americano define Kadhafi como "hipocondríaco" e "obcecado pela estética". Outro telegrama, um despacho da embaixada norte-americana na Arábia Saudita, descreve uma festa oferecida por um dos príncipes sauditas em que um seleto grupo de jovens consome bebidas alcoólicas, burlando a lei islâmica.

O porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, usou a rede social Twitter para anunciar a liberação dos novos documentos. "Não seremos amordaçados nem com ações judiciais, nem com censura corporativa. Wikileaks continua online. O site está duplicado em mais de 500 lugares diferentes".

Agência Brasil

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