Rio de Janeiro – Depois de uma manifestação que durou pelo menos quatro horas na única via de acesso ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, zona norte do Rio, cerca de 300 aeroviários e aeronautas seguiram em passeata até o terminal. O grupo foi acompanhado por policiais militares do Batalhão de Choque e houve confronto. Os policiais chegaram a usar spray de pimenta para dispersar os manifestantes, que reagiram. Não há informações de prisões, mas alguns trabalhadores ficaram feridos.
Na manifestação de hoje, os aeroviários e aeronautas obstruíram a Avenida 20 de Janeiro, único acesso ao Aeroporto Tom Jobim, para impedir a chegada de colegas ao terminal. Muitos passageiros tiveram que andar cerca de 2 quilômetros carregando suas malas para não perder os voos. O congestionamento na avenida chegou a 20 quilômetros.
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, afirmou que oito voos da empresa aérea Gol registraram atrasos por falta de funcionários no embarque, já que muitos aderiram ao movimento.
“[Houve atrasos] por falta do pessoal terceirizado que faz o carregamento e descarregamento da aeronave na pista”, disse Selma.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra os aeroportos, nega que tenha ocorrido qualquer alteração no horário dos voos em decorrência da manifestação. A Infraero garantiu também que o número de passageiros que teria perdido o voo ou se atrasado para o procedimento do check-in em razão do bloqueio no acesso ao terminal foi normal.
Os aeroviários e aeronautas reivindicam reajuste salarial de 15%, escala com menos horas de serviço, além de outras melhorias nas condições de trabalho. Uma nova reunião entre a categoria e os donos de companhias aéreas está marcada para o final da tarde de hoje.
Agência Brasil
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