A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) abrirá suas portas para o recebimento de donativos para as vítimas das chuvas na região Serrana do estado. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (13/01) pelo presidente da Casa, deputado Jorge Picciani (PMDB). "Neste momento de sofrimento e dor é preciso unir esforços para ajudar as famílias que perderam, em um só dia, tudo o que conquistaram ao longo da vida. Sem falar naqueles que perderam seus entes queridos. A Alerj está se mostrando mais uma vez solidária, recolhendo donativos", afirmou o parlamentar, acrescentando que os itens mais necessários são objetos de higiene, colchonetes, roupas e alimentos não perecíveis. As doações serão recolhidas no Palácio Tiradentes, no Saguão Getúlio Vargas, diariamente, entre as 10 e as 17 horas.
Além disso, uma comissão especial da Casa, composta por quatro deputados, irá acompanhar não só a distribuição dos donativos arrecadados como, também, o trabalho de reconstrução das cidades afetadas. Presidente desta comissão, o deputado Sabino (PSC) alegou que o grupo irá, principalmente, preocupar-se em buscar soluções definitivas para casos como os de Teresópolis e Nova Friburgo. "Este é um tipo de problema que tem ocorrido com muita frequência no nosso estado. Tivemos este ano a região Serrana, no ano passado os problemas foram em Angra dos Reis e em Niterói, com a tragédia do Morro do Bumba, em 2008 as áreas afetadas foram o Norte e o Noroeste do estado. Vemos o dinheiro público entrar para reconstruir estes lugares, mas não para prevenir os desastres", ponderou. Segundo ele, a comissão pretende propor à União e ao Governo estadual medidas de caráter permanente para preparar as cidades para enfrentar os fenômenos naturais, como enchentes e deslizamentos de terra.
A comissão conta, ainda, com a participação dos deputados Olney Botelho (PDT), Rogério Cabral (PSB) e Nilton Salomão (PT). Além disso, os deputados eleitos Marcos Vinícius (PTB) e Bernardo Rossi (PMDB), que tomarão posse em fevereiro, foram convidados a acompanhar o trabalho do colegiado, que pretende, a partir da próxima semana, visitar não só as cidades afetadas este ano, mas também as que já passaram problemas semelhantes. "Temos um foco primário que é o de ir a Teresópolis e as cidades vizinhas, já que este é um caso emergencial. Mas também queremos ver como os outros municípios estão hoje, após os problemas relatados", acrescentou ele, que já está em contato com autoridades do Governo do estado para oferecer ajuda. "Estivemos com o secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, que mostrou-se preocupado com o início do ano letivo nestes locais, já que, em muitos casos, as escolas são usadas para abrigar as famílias necessitadas", exemplificou. Para o parlamentar, a participação da Casa neste processo é fundamental. "Quero propor ao presidente da Casa que as unidades móveis das Comissões Permanentes sejam utilizadas, em parceria com o Governo do Estado, para oferecer serviços como a emissão de documentos", disse.
Esta não é a primeira vez que o Parlamento fluminense se engaja em uma campanha como esta. Em dezembro de 2008, a Casa enviou donativos para municípios do Noroeste fluminense, que sofreram com as chuvas. Na ocasião, seis cidades fluminenses decretaram situação de emergência: Campos dos Goytacazes, Rio Bonito, Barra do Piraí, Silva Jardim, Paracambi e Carapebus, sendo que Campos e Rio Bonito foram os locais mais prejudicados. Segundo dados informados pelos próprios municípios através de relatórios, Campos chegou a ter 5.550 pessoas desalojadas e 2.450 desabrigadas. Em Rio Bonito, oito pessoas morreram, sendo que mil tiveram suas casas destruídas pelas chuvas. No ano passado, a Alerj enviou cestas básicas para as famílias desabrigadas após o desmoronamento do Morro do Bumba, em Niterói.
Comunicação Social da Alerj
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