Rio de Janeiro - As escolas de samba do grupo especial vão discutir hoje (7) à noite a possibilidade de flexibilizar o regulamento do carnaval carioca para não punir as agremiações prejudicadas por um incêndio na Cidade do Samba, na zona portuária da capital. A expectativa é que nenhuma escola seja rebaixada no carnaval de 2011.
O incêndio no galpão que concentra os barracões das escolas de samba começou no início da manhã e atingiu três deles. A Grande Rio, vice-campeã do carnaval 2010, perdeu 98% de fantasias e todos os carros alegóricos, a um mês do desfile. A União da Ilha teve um carro alegórico e cerca de 2 mil fantasias queimadas. A Portela perdeu 3 mil fantasias.
O prejuízo ainda está sendo estimado pelas diretorias e deve ser apresentado na reunião da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). O diretor carnavalesco da União da Ilha, Márcio André, estima um prejuízo de R$ 2 milhões. Durante a reunião, todos os presidentes devem definir ainda como ajudar as escolas atingidas.
Após um encontro entre os dirigentes pela manhã, na Cidade do Samba, a presidente do Salgueiro, Regina Celi, antecipou que vai oferecer qualquer tipo de apoio e só espera a definição da Liesa para começar a ceder equipamentos, costureiras e ateliês. "Estamos aqui para tudo: carro, fantasia, diretoria, presidente, o que precisar. As escolas estão juntas", afirmou Regina.
O presidente da Mangueira, Ivo Meirelles, evitou confirmar qualquer decisão sobre alterações no regulamento do carnaval ou ajuda às escolas. Segundo ele, a reunião à noite servirá exatamente "para evitar especulações". "Temos uma catástrofe de grandes proporções, três escolas não têm condições de disputar o título e vamos conversar sobre isso", afirmou.
Abraçado ao presidente da Grande Rio, Helinho Oliveira, o dirigente da Beija-Flor, Anísio Abraão, declarou que vai dar "a melhor contribuição possível".
As causas do incêndio na Cidade do Samba ainda não foram esclarecidas. Não houve feridos.
Agência Brasil
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