O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (Aiea), Yukiya Amano, confirmou nesta quarta-feira (16) que três reatores da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, na província japonesa de Fukushima (Leste do país), foram danificados pelas consecutivas explosões após o terremoto que atingiu o país.
O tremor de magnitude 9 e o tsunami que se seguiu a ele na sexta-feira (11) provocaram panes no sistema de resfriamento dos reatores e aumentaram o risco de vazamentos de radiação.
"A situação na Usina de Fukushima Daiichi é muito grave. Danos nos núcleos de três unidades, os reatores número 1, número 2 e número 3, foram confirmados. Mas não houve mudanças significativas desde ontem (terça-feira, 15). Os núcleos permanecem cobertos”, disse Amano em uma coletiva.
“Não sabemos a situação exata nos recipientes dos reatores, mas a pressão de dentro se mantém acima da pressão atmosférica. Isso sugere que eles permanecem praticamente intactos."
O diretor da Aiea informou ainda que irá ao Japão pessoalmente nesta quinta-feira (17) e que, no momento, ainda não é possível dizer que a situação nuclear esteja fora de controle no país – como disse na terça-feira (15) o comissário de Energia da União Europeia, Günther Oettinger.
Em pronunciamento para um comitê do Parlamento Europeu, Oettinger alertou para o fato de que "nas próximas horas, podem acontecer novos eventos catastróficos que poderiam ameaçar as vidas das pessoas" no Japão.
Também nesta quarta-feira (16), o secretário de energia dos Estados Unidos, Steven Chu, disse que a situação em Daiichi parecia mais séria do que o derretimento do núcleo de um dos reatores da usina de Three Mile Island, no estado americano da Pensilvânia, em 1979.
Por causa de um problema no sistema de resfriamento, o núcleo da usina americana derreteu, mas o vazamento de pequenas quantidades de radiação não foi prejudicial aos moradores da região.
O Pentágono disse que está distribuindo pastilhas de iodeto de potássio aos soldados em suas bases militares no Japão, como medida de prevenção contra os efeitos da exposição ao material radioativo na região.
Da BBC Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário