Brasília - O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, confirmou hoje (13), na Comissão de Educação, Cultura e Desporto do Senado, que o clube vai formalizar no dia 21 deste mês seu desligamento do Clube dos 13, por discordar da gestão financeira e administrativa que a entidade desenvolve no futebol brasileiro.
Sanchez disse que as divergências com a direção do Clube dos 13 o levaram a assinar um contrato independente com a Rede Globo de Televisão para a transmissão das partidas do Corinthians. Para o dirigente, o Clube dos 13 deveria se preocupar com outros assuntos, como a situação dos jogadores de futebol no país que, segundo ele, tem 95% dos profissionais ganhando apenas dois salários mínimos por mês, apesar dos altos valores pagos a alguns jogadores.
O representante do São Paulo, Francisco Mansur, que participa da diretoria do Clube dos 13, disse que seu clube se mantém fiel à diretriz da negociação coletiva, juntamente com outros participantes da entidade, mas poderá, futuramente, negociar individualmente melhores condições do contrato de transmissão.
O Clube dos 13 realizou, no início do ano, uma licitação que teve como vencedora a Rede TV, para transmissão do Campeonato Brasileiro de Futebol, e isso gerou o impasse com o Corinthians, que tratou separadamente com a Globo por considerar baixo o valor que receberia na negociação coletiva.
Segundo Sanchez, um dos motivos de sua discordância com o Clube dos 13 é o pagamento de uma taxa de administração do contrato de televisão de 3% a 4% sobre o montante pago aos clubes (cerca de R$ 1,2 bilhão), o que representa cerca de R$ 40 milhões, valor que considera absurdo “para ter dez ou 12 funcionários. Além disso, estão exigindo carta de fiança bancária, que no mercado custa de 5% a 8%. E tudo isso pago pelos clubes”.
A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, não compareceu à reunião, alegando compromissos anteriores, assim como outros representantes de clubes convidados pela comissão para o debate. O Flamengo faz parte da diretoria do Clube dos 13 e não negociou contrato individual com a televisão até agora.
Agência Brasil
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