As soluções viáveis para superar as dificuldades de locomoção nas cidades foram discutidas durante três dias, no 1º Seminário Sobre Mobilidade Urbana Sustentável de Niterói, que terminou neste sábado (16/04) no Lá Salle-Institutos Superiores, em Santa Rosa. O evento promovido pela Niterói, Transporte e Trânsito (NitTrans) reuniu especialistas que apresentaram propostas alternativas ao conceito vigente há décadas, e que, unilateralmente, vem privilegiando o automóvel como meio de transporte.
Felipe Aragonez, secretário-geral do Instituto Ciclo BR e Bike, destacou que o direito do ciclista é reconhecido e consta do Código Brasileiro de Trânsito, “E nem é preciso uma via especial, mas acho louvável a iniciativa de criação das ciclovias e ciclofaixas”. Aragonez destacou a ciclofaixa existente na Estrada Fróes, em São Francisco, como uma iniciativa importante, demonstrando que a cidade tem tudo para se transformar numa referência no planejamento cicloviário.
O treinador de atletas, Carlos Eugênio, apresentou o tema “A Bicicleta Certa” e lembrou que Niterói é reduto de praticantes do Triatlo, esporte que junta o ciclismo, a corrida e a natação. Ele apontou as principais dificuldades no treinamento dos atletas. “Os ônibus e vans não respeitam o atleta, por isso, foi importante a criação da ciclovia São Francisco/Charitas. É um avanço muito grande e esta ciclovia foi um pedido deles.”, contou. Carlos Eugênio deu dicas importantes no uso das bicicletas e de equipamentos e acessórios. “A bicicleta tem que ser específica para o usuário”, ressaltou.
“A sociedade civil na luta pela mobilidade urbana: a experiência de São Paulo” foi o tema abordado pelo membro da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo, Carlos Aranha. Ele fez um diagnóstico do que levou a cidade de São Paulo à situação de hoje, onde o automóvel domina todas as ruas e que em alguns locais não há circulação de pedestres e nem de ciclistas. “É uma situação de stress que causa doenças e até mortes”.
A cinegrafista Renata Falzoni, do canal de esportes ESPN (SP) apresentou “A experiência de se transportar em 223 Países ao Redor do Mundo - A visão de Uma Vídeo Repórter e Ativista da Bicicleta).
O ciclo de palestras terminou com apresentação de João Paulo Amaral (Bike Anjo - SP), que enfocou a “Mudança de cultura por uma cidade ciclável”, seguido do consultor alemão Jonas Hagen que tratou das “Ruas Integrais” e de Thais de Lima e Juliana DeCastro - Veli Mobi (RJ), que falaram sobre o cicloturismo como oportunidade de crescimento local.
PMN
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