terça-feira, 19 de abril de 2011
Justiça decide: chimpanzé Jimmy continua em Niterói
foto O Globo
Em julgamento que terminou na tarde desta terça-feira, a Justiça negou por unanimidade pedido de habeas corpus em favor do chimpanzé Jimmy, de 26 anos, que vive na Fundação Zoológico de Niterói.Para o desembargador José Muiños Pineiro Filho, o direito do habeas corpus não é válido para animais, apenas para humanos. Por isso, de acordo com a decisão, o chimpanzé permanece no ZôoNit. Pineiro Filho disse ainda que vai encaminhar os autos do processo para a Prefeitura de Niterói, o Ibama e as comissões de Meio Ambiente da Senado e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, para que a discussão prossiga.
Jimmy se tornou alvo de uma disputa judicial depois que ambientalistas do Grupo de Apoio aos Primatas (GAP), de São Paulo, alegaram que o macaco sofria por viver isolado no zoológico. O grupo reinvindicava que ele deveria ser levado para um santuário em Sorocaba, no interior do estado de São Paulo, para viver com outros animais da mesma espécie.
"Pretendemos recorrer às instâncias superiores." disse o advogado do GAP, Daniel Braga Lourenço.
O pedido de habeas corpus feito pelo GAP já havia sido rejeitado. Em dezembro de 2010, o mesmo desembargador entendeu que o macaco não vivia em isolamento, sem namorada e em condições precárias, como o grupo alegava. O chimpanzé Jimmy atraiu atenção da mídia ano passado não só pela briga nos tribunais, mas também pelo quadros que aprendeu a pintar no ZôoNit. As obras foram parar em uma exposição no final do ano em uma galeria de Niterói.
Camilo Borges - Repórter e apresentador
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