A Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro pretende realizar mais debates para fazer com que o Plano Nacional de Banda Larga, projeto do Governo federal em parceria com a iniciativa privada, possa ser difundido em todo o estado. De acordo com os parlamentares que participaram de uma audiência do colegiado, nesta quarta (29), no Auditório Senador Nelson Carneiro, no prédio anexo ao Palácio Tiradentes, o número de municípios fluminenses com acesso à internet rápida precisa aumentar. Durante o encontro, o diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, Alexander de Castro, revelou que R$ 145 bilhões terão que ser usados para levar o serviço para todo o País até 2020.
“Ficou claro que o País avançou nos investimentos em tecnologia, mas muito ainda precisa ser feito para que consigamos democratizar o acesso ao mundo digital”, disse o vice-presidente da comissão, deputado Rafael Picciani (PMDB). O peemedebista comentou que democratizar a banda larga é “levar formação acadêmica, qualificação e oportunidades para aqueles que moram no interior e em comunidades carentes”. O diretor do Sinditelebrasil declarou que “o setor privado tem interesse em participar e investir no PNBL”. De acordo com pesquisas do sindicato, o Brasil é a quinta maior rede de telecomunicações do mundo, com 14 milhões de clientes para a internet. “Nosso avanço foi impressionante na última década, mas ainda faltam investimentos”, completou.
Responsável por solicitar a audiência, o deputado Gustavo Tutuca (PSB) mostrou que é possível atingir os objetivos do PNBL no estado e, para isso, citou como exemplo a cidade de Piraí, no Médio Paraíba fluminense. Segundo ele, a partir da dedicação dos órgãos públicos, o município, um dos primeiros a receber o projeto “Um computador por aluno”, também do Governo federal, no Rio, foi considerado uma das sete cidades mais inteligentes do mundo. “Hoje, graças à inclusão digital, a evasão escolar é quase zero, pois conseguimos levar computador para todos os alunos de Piraí e seus professores”, destacou.
Para o subsecretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Júlio Lagun, a oferta desse tipo de serviço é importante, “mas isso não se refere apenas ao Governo e, sim, à inciativa privada e a outros setores da sociedade”. “Há um esforço para sabermos como o PNBL será articulado. Aqui no Rio, contamos também com outros programas, como o Rio Estado Digital, que já foi implantado em universidades e comunidades carentes”, acrescentou Lagun. “A previsão da Anatel era de que as cidades menores só teriam banda larga em 2015 e, no estado, vemos Piraí, que é uma referência, contrariando isso”, apontou o secretário especial de Ciência e Tecnologia do Município do Rio, Franklin Coelho.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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