quinta-feira, 16 de junho de 2011

TIM RESCALA É CONVIDADO A COLABORAR COM INVESTIGAÇÕES DA CPI DO ECAD

O compositor Tim Rescala foi convidado pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Alerj que investiga as irregularidades no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), deputado André Lazaroni (PMDB), para participar efetivamente das reuniões do colegiado. “O Tim é uma figura muito respeitada no meio artístico e, além disso, ele tem várias informações essenciais para o bom trabalho da CPI. Queremos investigar se as denúncias da mídia são frutos de má gestão ou de gestão fraudulenta”, explicou o parlamentar, em reunião da comissão nesta quinta (16).

Tim falou sobre as insatisfações da classe artística em relação à conduta do Ecad. Segundo ele, a instituição foi criada a pedido dos músicos para centralizar a arrecadação e distribuição de direitos autorais, que antes eram feitas por diversos órgãos. O Ecad, porém, já foi alvo de três CPIs, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de Brasília, e, em todas elas, foram comprovadas irregularidades, mas ninguém foi punido. “A nossa crítica diz respeito ao critério de distribuição. Vemos que, dentre todos os compositores cadastrados no Ecad, alguns não recebem coisa alguma. Existe um desequilíbrio, há alguma coisa errada”, alertou o compositor.

Tim acrescentou, ainda, que os balanços disponíveis no site do Ecad são manipulados e que a instituição é administrada por nove associações de música, mas apenas seis delas são efetivas e tem direito a voto. “O resultado acaba não representando a opinião de todos, pois três sociedades são impedidas de votar”, denunciou. Em nota, o Ecad garantiu que, de sua parte, todos os esclarecimentos já foram prestados em comissões anteriores.

Membro da comissão, o deputado Átila Nunes (PSL) mostrou-se determinado a averiguar as denúncias e suas origens. “Nós temos que agir duro, não é possível que todos os veículos de comunicação estejam errados. E se a conduta do Ecad for comprovadamente irregular, encaminharemos o caso ao Ministério Público, pois trata-se de algo muito sério”, reforçou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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