As lutas históricas, a participação no processo de redemocratização do País e a importância política do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado do Rio de Janeiro pontuaram os discursos da cerimônia de concessão da Medalha Tiradentes à entidade, realizada nesta terça (23), no Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A comenda, que celebrou os 70 anos do Sinttel, foi uma iniciativa do deputado Gilberto Palmares (PT). “Das muitas homenagens promovidas pelo nosso mandato esta é, sem dúvida, a que me toca mais de perto. O Sinttel é uma segunda família. É uma homenagem a companheiros de toda uma vida. Estivemos na linha de frente pelas diretas, pela retomada da democracia, em defesa do patrimônio público e na campanha pioneira do Betinho contra a fome. Participamos de todos os grandes momentos da história do País nos últimos 30 anos”, disse o deputado, que presidiu o sindicato entre 1990 e 1996.
Durante o evento, ex-dirigentes foram homenageados com moções. Para o coordenador geral do sindicato, Luis Antônio da Silva, a medalha é um reconhecimento histórico. “O Sinttel nasce nos anos 40, período de consolidação do sindicalismo brasileiro. Tivemos participação ativa em momentos importantes da história do Brasil, como na luta pela redemocratização. Hoje, os avanços tecnológicos nos fazem olhar para o futuro, sabendo que é possível manter a luta por melhorias para os trabalhadores”, avaliou.
O Sinttel teve sua origem no Centro Operário dos Empregados da Light e Companhias Associadas, em 1926. Em 1º de agosto de 1941, deixa de ser associação ao receber a Carta Sindical: nascia ali o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Telefônicas do Rio. Nos anos 70, em função da conjuntura política e da fusão de representações trabalhista, torna-se Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações.
Uma das mais antigas entidades sindicais do País, o Sinttel, ao longo de sete décadas, também participou da campanha “O Petróleo é Nosso”, que deu origem à Petrobras; da luta pela anistia no final da década de 70; do retorno das eleições diretas para presidente; da fundação da Central Única dos Trabalhadores, na década de 80; e da campanha pelo impeachment de Collor, na década de 90.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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