terça-feira, 4 de outubro de 2011

ESTUDO DA UFF MOSTRA QUE 40% DAS CRIANÇAS TÊM PROBLEMAS AUDITIVOS


Um levantamento feito pela Universidade Federal Fluminense nas escolas da rede pública estadual mostra que, pelo menos, 40% das crianças apresentam problemas de audição. Os dados foram apresentados nesta segunda (03) durante audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Segundo o otorrinolaringologista Rafael Telles, médico e pesquisador da universidade, a abordagem foi realizada com 149 crianças.

Deste total, 56% não apresentaram nenhum tipo de alteração, enquanto 40% obtiveram alteração na pressão e/ou mobilidade do sistema tímpano-ossicular e 4% apresentaram surdez. “Devemos realizar ações para a promoção da saúde auditiva e a identificação precoce dos problemas de surdez”, disse o especialista, afirmando haver testes específicos para diagnósticos mais eficazes. “São testes de triagens que ajudam a identificar os casos de maior complexidade”, completou.

Para o presidente da comissão, deputado Bruno Correia (PDT), a partir de agora, será necessário elaborar políticas públicas para combater o problema. “Essa audiência não é a conclusão, mas sim o inicio de uma jornada. Saio da reunião muito mais consciente dos direitos dos deficientes. Queremos que a Casa norteie os caminhos do poder público para que possam existir avanços no combate aos problemas auditivos infantis”, afirmou.

Representante do Instituto Nacional de Educação para Surdos, Rita de Cássia revelou que a procura por orientação no instituto é grande. “A surdez é uma doença invisível. Precisamos contar com a percepção dos pais e com políticas públicas que possam agilizar o diagnóstico”, disse, lembrando que uma das soluções utilizadas hoje no combate à surdez é o implante da prótese eletrônica, que é afixada na parte interna do ouvido e envia impulsos em resposta a um estímulo auditivo.

O deputado adiantou que enviará um relatório da audiência para a Secretaria de Estado de Saúde. A expectativa agora é que o estado crie um conjunto de ações que possa auxiliar no diagnóstico dos problemas auditivos infantis. “Será extraído um relatório dessa comissão para que seja remetido aos órgãos competentes. Há que se adequar e aperfeiçoar os métodos para se tratar desse tema”, finalizou Correia.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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