terça-feira, 29 de novembro de 2011
PARLAMENTARES CRIAM GRUPO PARA INCENTIVAR A TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
Discutir formas de reverter a perda do protagonismo do Estado do Rio na área da Tecnologia da Informação nas últimas duas décadas foi o que mobilizou os participantes de uma audiência pública realizada pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, presidida pelo deputado Dionísio Lins (PP), nesta segunda (28). O encontro, presidido pelo deputado Robson Leite (PT), também serviu para sediar o 19º Fórum de Desenvolvimento da TI, promovido pelo Sindicato das Empresas de Informática do Rio. O petista anunciou a criação de um Grupo de Trabalho, envolvendo o Parlamento e os governos, além da sociedade civil e dos sindicatos. “Temos agendas importantes, como o uso das compras governamentais, do software livre e de incentivos tributários como forma de fomentar o setor, incentivando em especial as pequenas empresas”, acrescenta Leite.
O deputado Gustavo Tutuca (PSB) aproveitou a ocasião para falar sobre a criação da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento da Tecnologia da Informação no Rio, ainda em tramitação na Casa, que será presidida por ele. “Queremos envolver os governos, o empresariado, as universidades e a sociedade civil em um debate que discuta formas de reduzir custo e aumentar a qualidade da banda larga oferecida e capacitar a mão de obra na área”, explicou. Tutuca também comentou as ações do Governo estadual, como o Rio Estado Digital, projeto de inclusão digital que visa a disponibilizar o acesso à Internet sem fio gratuita em comunidades carentes do Rio, e citou o exemplo bem-sucedido do município de Piraí, no Sul fluminense, que, dentre outras ações, distribuiu computadores com internet para alunos da rede municipal de ensino.
Em relação ao Governo federal, o parlamentar destacou o Plano Nacional de Banda Larga, que, com a reativação da Telebras, tem por objetivo melhorar a infraestrutura da TI em todo o território nacional. Tratada como a força propulsora de toda a economia, a Tecnologia da Informação ainda não é reconhecida como essencial para o crescimento do País. Esta foi a avaliação dos presentes no evento, que enfatizaram a necessidade de incentivos tributários. “Hoje, o mercado de hardwares no Brasil cresce de 10 a 15% por ano. A partir do ICMS cobrado pelos equipamentos, poderia ser criado um fundo para incentivar pequenas empresas de software, por exemplo”, sugeriu o presidente do Seprorj, Benito Paret.
Já o presidente do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio, Paulo Coelho, lembrou o empenho do Governo estadual para devolver o Rio a um posto de destaque na área de TI a partir dos incentivos feitos pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa, que, recentemente, destinou R$ 6 milhões para financiar projetos que apoiem a inovação e a difusão tecnológicas. Além disso, ele citou a prática do Executivo de exigir que empresas participantes de processos licitatórios na área de TI tenham escritório no estado. “Além da entrada de empresas do setor no Rio, essa prática também incentiva a criação de empregos”, defendeu. Ainda em relação ao Proderj, Tutuca destacou a parceria com a Alerj: “Com o apoio do órgão, estamos realizando a modernização da rede de informática e disponibilização do wi-fi, internet sem fio, em algumas áreas do Palácio Tiradentes”.
Os participantes alertaram, no entanto, que não adianta apenas incentivos ao desenvolvimento do setor de TI se também não houver políticas de qualificação de mão de obra. “Temos que aproveitar a rede de ensino médio e técnico para incentivar os jovens estudantes a seguir esta carreira. Esta é uma demanda que já existe e tende a ficar mais intensa”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo da RioSoft, John Forman.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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