Com o Plenário Brígido Tinoco completamente lotado, a Câmara de
Vereadores de Niterói promoveu, na manhã de ontem (18), audiência pública para
discutir a questão da violência contra a criança e o adolescente. Presidida
pelo vereador Edgar Folly (PDT), a audiência contou com a presença de várias
autoridades, representantes de conselhos tutelares e entidades de combate à
violência contra a criança, além de alunos de várias escolas municipais e
estaduais. Foly é autor do projeto de lei, que institui a Semana de
Conscientização para o Combate à Violência contra a Criança e o Adolescente na
Rede Municipal de Ensino.
Aberta com a execução do Hino Nacional Brasileiro pelos alunos
do Orfanato Santo Antônio, entre outros, teve a participação do secretário
municipal de Assistência Social, Michel Saad; da subsecretária de Saúde, Maria
do Céu; do subcomandante do 12º Batalhão, major Caetano; do presidente do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Niterói, Ronald
Quintanilha; do padre José Alves Filho, representando a Arquidiocese de
Niterói; da administradora regional de Santa Bárbara, Caramujo e Ititioca,
Roseane Neves Pinto Bittencourt; e dos vereadores Gezivaldo Ribeiro de Freitas,
o Renatinho (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos, da Criança e do
Adolescente; e João Gustavo (PPS).
O major Caetano reforçou o compromisso da PM de “combater
incessantemente qualquer ato de violência” contra crianças e adolescentes,
colocando o batalhão à disposição da população para sugestões e propostas de
ações para ampliar o combate. O presidente do CMDCA Niterói destacou que
existem várias entidades e legislações vigentes capazes de combater a
violência, mas que, “falta vontade política para implementar as ações
necessárias”.
Na avaliação do padre José Alves, “a mídia, especialmente os
programas de TV, vendem uma realidade muito distante da maioria da população,
formando nas crianças e nos adolescentes valores de um mundo irreal.” Para
a subsecretária de Saúde, a importância dos professores e das escolas no papel de
observar sinais de violência sofrida pelos alunos, que muitas vezes, não chegam
aos pronto-socorros e aos pediatras, é fundamental. O secretário Michel Saad
também criticou a violência gratuita “exposta nos programas de TV, a título de
liberdade de expressão”.
Também participaram da audiência o presidente do Núcleo de
Atenção à Criança e ao Adolescente Vítima de Maus Tratos de Niterói, Luiz
Fernando; o coordenador do Núcleo de Educação à Cidadania da Universidade
Federal Fluminense, professor José Henrique Antunes; a coordenadora dos
Direitos da Mulher de Niterói, Satie Mizubuti; e o delegado titular da
Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, João Luiz Garcia, para quem
“o efetivo destinado ao combate à violência contra a criança ainda não é o
ideal”, frisando que as demais delegacias “estão à disposição para qualquer
denúncia ou registro de ocorrência neste sentido”.
Ascom CMN
Edição: Camilo Borges
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