O Mulheres Mil foi
criado em 2005 pelo Ministério da Educação, com o propósito de
levar educação profissional às mulheres brasileiras que estão em
vulnerabilidade social. Ele consiste em uma parceria entre o Brasil e
o Canadá, através das agências Brasileira de Cooperação e
Canadense para o Desenvolvimento Internacional e da Associação dos
Colleges Comunitários do Canadá, e pretende atender 100 mil cidadãs
em todo o País. Depois de ter sido iniciado nas regiões Norte e
Nordeste, o programa vem ganhando força e se expandindo para outras
áreas. No Rio, funciona nos campi do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia, antigo Cefet-RJ, em Paracambi, São
Gonçalo e Pinheiral.
De acordo com Rita de
Cássia Marcos, assistente social do IFRJ, a estimativa é que, até
o meio de 2012, mais quatro unidades sejam abertas no estado. Com
isso, segundo ela, além das 300 vagas oferecidas no final de 2011,
mais 400 estão para serem abertas. “São mulheres que não estão
inseridas no mercado de trabalho, acima de 30 anos e que querem
voltar a trabalhar. As primeiras 300 vagas já foram abertas e, no
segundo semestre, mais 400 serão oferecidas. Os cursos são de corte
e costura, salgadeira e paisagismo”, explicou. Mais de 10 mil
brasileiras já são atendidas pelo Mulheres Mil, cujo diferencial é
aliar a questão de gênero à profissionalização e à elevação
de escolaridade.
Presente em todo o
País, o programa é uma política pública já executada em 112
campi de institutos federais de educação, ciência e tecnologia. A
meta do Mulheres Mil, que hoje integra o Brasil Sem Miséria, é
promover, até 2014, a emancipação social, econômica e educacional
de várias brasileiras. Segundo dados apresentados pela
superintendente dos Direitos da Mulher do Estado do Rio, Ângela
Fontes, a parcela feminina da população já participa de 44% do
mercado ativo de trabalho, mas 14% desse número representam
domésticas. “Isso significa um avanço grande, mas, mesmo com um
bom registro, percebemos que ainda há uma discriminação de gênero
no mercado. Precisamos continuar lutando pela igualdade”,
argumentou Ângela.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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