quarta-feira, 9 de maio de 2012

DEPUTADA DEFENDE AMPLIAÇÃO DE PROGRAMA PROFISSIONALIZANTE PARA MULHER‏

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputada Inês Pandeló (PT), defendeu a ampliação, no Rio, do programa Mulheres Mil, uma iniciativa do Governo federal, durante audiência pública nesta terça (08). A reunião, cuja finalidade era discutir a inserção da mulher no mercado de trabalho, teve como referência os dias Nacional da Trabalhadora Doméstica, 27 de abril, e Nacional do Trabalho, 1º de maio. “Iremos enviar moções de apoio a todos os projetos de igualdade que estão tramitando no Congresso Nacional. Por isso, gostaria de parabenizar a presidenta Dilma Rousseff pelo incentivo que tem dado ao Mulheres Mil. Lutarei pela ampliação desse programa em todo o estado”, disse Pandeló.

O Mulheres Mil foi criado em 2005 pelo Ministério da Educação, com o propósito de levar educação profissional às mulheres brasileiras que estão em vulnerabilidade social. Ele consiste em uma parceria entre o Brasil e o Canadá, através das agências Brasileira de Cooperação e Canadense para o Desenvolvimento Internacional e da Associação dos Colleges Comunitários do Canadá, e pretende atender 100 mil cidadãs em todo o País. Depois de ter sido iniciado nas regiões Norte e Nordeste, o programa vem ganhando força e se expandindo para outras áreas. No Rio, funciona nos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, antigo Cefet-RJ, em Paracambi, São Gonçalo e Pinheiral.

De acordo com Rita de Cássia Marcos, assistente social do IFRJ, a estimativa é que, até o meio de 2012, mais quatro unidades sejam abertas no estado. Com isso, segundo ela, além das 300 vagas oferecidas no final de 2011, mais 400 estão para serem abertas. “São mulheres que não estão inseridas no mercado de trabalho, acima de 30 anos e que querem voltar a trabalhar. As primeiras 300 vagas já foram abertas e, no segundo semestre, mais 400 serão oferecidas. Os cursos são de corte e costura, salgadeira e paisagismo”, explicou. Mais de 10 mil brasileiras já são atendidas pelo Mulheres Mil, cujo diferencial é aliar a questão de gênero à profissionalização e à elevação de escolaridade.

Presente em todo o País, o programa é uma política pública já executada em 112 campi de institutos federais de educação, ciência e tecnologia. A meta do Mulheres Mil, que hoje integra o Brasil Sem Miséria, é promover, até 2014, a emancipação social, econômica e educacional de várias brasileiras. Segundo dados apresentados pela superintendente dos Direitos da Mulher do Estado do Rio, Ângela Fontes, a parcela feminina da população já participa de 44% do mercado ativo de trabalho, mas 14% desse número representam domésticas. “Isso significa um avanço grande, mas, mesmo com um bom registro, percebemos que ainda há uma discriminação de gênero no mercado. Precisamos continuar lutando pela igualdade”, argumentou Ângela.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

Nenhum comentário:

Postar um comentário