A Comissão de Educação
da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro vai acompanhar o Programa
Estadual de Integração na Segurança, o Proeis, que coloca
policiais militares fardados fazendo a segurança dentro e fora das
unidades de ensino da rede pública. O presidente da comissão,
deputado Comte Bittencourt (PPS), afirmou que o colegiado irá analisar
a evolução do programa, que está vigente há quase dois meses, em
90 escolas da rede, e frisou que se preocupa com a hierarquia
pedagógica dentro das escolas. “Esse debate tem que ser
educacional, tem que ser pela visão dos educadores. Muitos dos
problemas que as escolas enfrentam são consequência da
desestruturação dessas unidades, tais como falta de pessoal de
apoio, número insuficiente de inspetores de disciplinas, falta de
vigias noturnos, vigias de pátio, enfim, são questões que foram
abandonadas pelo estado ao longo de vários governos. Hoje foi um
debate proveitoso, uma primeira experiência. Vamos continuar
acompanhando”, ponderou o parlamentar.
Segundo o chefe de
gabinete da Secretaria de Estado de Educação, Sérgio
Mendes, o programa foi implantado após uma pesquisa feita no final
de 2011, pelo Instituto Mapear. “A pesquisa apontou que a
comunidade escolar queria maior rigor na fiscalização da entrada e
saída de desconhecidos e na venda de drogas dentro das instituições.
As escolas que solicitam o patrulhamento precisam preencher um
formulário onde vão justificar a necessidade da unidade em receber
os policiais treinados para atuar no programa. Atualmente temos a
solicitação de 350 escolas”, disse Mendes.
O representante da
Secretaria disse ainda que os policiais são treinados para a função
e que a medida serve para reduzir os registros de violência contra
alunos e servidores e danos ao patrimônio público. Mendes citou o
caso do Colégio Estadual Tim Lopes, no Complexo do Alemão, zona
Norte do Rio, onde a piscina da unidade escolar foi invadida pela
comunidade para uso e acabou sendo degradada. Presente na reunião, o
deputado Robson Leite (PT) demonstrou preocupação com a presença do
policial armado dentro da escola. “Você pode ter a presença do
policial no entorno, em diálogo permanente com a direção. Já
dentro da escola acho complicado, fazer essa mistura com o ambiente
pedagógico”, avaliou.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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