A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do
Rio (Alerj), presidida pela deputada Inês Pandeló (PT), realizou nesta
quinta-feira (25/11), data em que é celebrado o Dia da Não-violência
Contra as Mulheres, uma atividade de conscientização e orientação de
mulheres. Durante todo o dia, uma tenda ficou montada na Praça dos
Mascates, que fica na Rua Buenos Aires, Centro do Rio, onde foram
distribuídas cartilhas explicativas de orientação às mulheres sobre a Lei
Maria da Penha. Segundo Pandeló, a ideia é conscientizar tanto as
mulheres quanto os homens. “Resolvemos vir às ruas, junto com outras
instituições, para informar as mulheres dos seus direitos, do objetivo e
do conteúdo da Lei Maria da Penha, além de conscientizar os homens de que
a violência contra a mulher é crime”, destacou.
Mulheres e homens que passavam pelo local receberam a cartilha produzida
pela comissão, que contém informações sobre a lei e orientações sobre
formas de conseguir apoio, como endereços das Delegacias Especializadas
de Atendimento à Mulher (Deam). De acordo com Inês, a Lei Maria da Penha
fez com que as mulheres passassem a registrar mais os casos de violência
sofridos, mas ainda há problemas. “O numero de mulheres que registram a
violência tem aumentado. São mulheres que sofrem, na maioria das vezes,
violência dentro das suas residências. No entanto, ainda existem mulheres
que são inibidas, por conta da condição financeira, pelo não conhecimento
da lei, a questão da cultura, o pensamento nos filhos, no casamento”,
relatou. Na atividade realizada no Centro da cidade estavam presentes,
além de integrantes da comissão, representantes de movimentos como o
“Mulheres de Paz” e o Centro de Referência de Mulheres da Maré (CRMM),
projeto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que atende
mulheres vitimas de violência na comunidade.
Integrante do projeto do CRMM, Geovana Andrade acredita na importância do
conhecimento da lei por parte das mulheres, para a luta contra este tipo
de violência. “A conscientização é muito importante. A maioria das
mulheres não sabe o poder que têm. Elas sofrem com a violência e não
procuram ajuda, por falta de conhecimento”, ponderou. O CRMM é um projeto
que oferece às mulheres atividades como atendimento psicológico e social,
além de oficinas e cursos. Durante a atividade realizada pela comissão,
mulheres atendidas pelo projeto da UFRJ montaram bancas para vender
artesanatos produzidos por elas e divulgar o projeto. “É muito bom
participar destes eventos, onde podemos divulgar nosso trabalho e
conscientizar outras mulheres. Este projeto está sendo fundamental para a
minha valorização como mulher e como pessoa”, destacou Geovana.
A ação da comissão também divulgou um outro instrumento que pode ser
utilizado pelas vítimas de violência doméstica. A cartilha trouxe o
número do Disque SOS Mulher, disponibilizado pela comissão para
orientação e apoio. O telefone é o 0800-2820119, a ligação é gratuita e o
anonimato garantido.
Comunicação Social da Alerj
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