sábado, 30 de junho de 2012
LEI INCLUI D. HELDER CÂMARA NO LIVRO DE HERÓIS DO ESTADO
Dom Helder Câmara virará verbete no Livro de Heróis do Estado. Foi publicada no Diário Oficial do Executivo desta sexta (29) a lei, de autoria da deputada Inês Pandeló (PT), que considera o religioso, morto em 1999, Herói do Estado do Rio de Janeiro, onde trabalhou por 28 anos. O título inclui Dom Helder na publicação, também criada por iniciativa de Pandeló e que será disponibilizada para consulta na Biblioteca da Alerj.
A deputada justificou a escolha destacando a trajetória do homenageado na Igreja e na militância pelos direitos humanos durante o período de ditadura. “Um homem que pode ser considerado santo pela causa da democracia”, enaltece a petista. Helder Pessoa Câmara nasceu na cidade de Fortaleza, no Ceará, no dia 7 de fevereiro de 1909. Aos 14, entrou no Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde fez os cursos preparatórios e, depois, cursou filosofia e teologia. Durante os estudos, sempre demonstrou desenvoltura nos debates filosóficos e teológicos. Em 1946, recebeu um convite para assessorar o arcebispo do Rio de Janeiro. Seis anos depois, foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro.
Dom Helder Câmara fundou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual foi secretário durante 12 anos. Em 12 de março de 1964, foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife, pouco antes do golpe militar. Dias depois, divulgou um manifesto apoiando a ação católica operária no Recife. O novo governo militar acusou-o de demagogo e comunista e Dom Helder foi proibido de se manifestar publicamente. Passou a fazer conferências e pregações no exterior, desenvolvendo intensa atividade contra a exploração e a favor dos mais pobres. Em 1970, fez um pronunciamento, em Paris, denunciando pela primeira vez a prática de tortura a presos políticos no Brasil e, em 1972, foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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