segunda-feira, 1 de outubro de 2012

MARCO ÚNICO PARA REGIÕES METROPOLITANAS É TEMA DE SEGUNDA MESA DE DEBATE‏

A segunda mesa do encontro “Diálogos Metropolitanos”, cuja terceira edição aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro na última sexta (28), discutiu a necessidade de um marco regulatório único para as Regiões Metropolitanas. Segundo o professor titular do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional e coordenador Nacional do Observatório das Metrópoles, Luiz Cesar Queiroz Ribeiro, para solucionar os problemas da metrópole é preciso que o poder público tenha legitimidade funcional, social e política da região metropolitana, e nunca isso foi tão fácil de ser posto em prática, porque as regiões estão melhor delimitadas, o que facilita a divisão de tarefas entre os governos estaduais e municipais. “Nós temos uma grande oportunidade de resolver os problemas metropolitanos, não estamos mais nesse desafio da pressão demográfica, que é o que caracterizava o nosso problema metropolitano no passado.” ressaltou Ribeiro.

Segundo o IBGE, 98 milhões de habitantes vivem em regiões metropolitanas no Brasil. Para o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Desenvolvimento metropolitano de São Paulo e presidente do Conselho de Administração da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitanos, Marcos Campagnone, esse número demonstra a importância da uniformidade na regulamentação das metrópoles no País. Marcos destacou como desafios a serem enfrentados a precariedade de infraestrutura nas regiões, a ocupação da população em áreas de preservação e a segregação territorial. E defendeu que, entre as 49 regiões metropolitanas do Brasil, as capitais paulista e fluminense podem se tornar a primeira megalópole do país. E o projeto de criação de um trem bala possibilitaria este processo.

“Hoje as unidades regionais são mais caracterizadas pela interação constante, pelas relações entre essas cidades. E, neste caso, estamos falando do território mais dinâmico do País. Somadas as regiões metropolitana de Campinas, São Paulo, São José dos Campos e Rio de Janeiro nós temos um por cento do território e temos a geração de 35% do Produto Interno Bruto nacional, portanto é uma região estratégica para o desenvolvimento nacional”, defende.
 
O debate foi mediado pelo coordenador da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro, Marcos Domingues. Em seguida, o evento, organizado pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado em parceria com o Governo do Estado, iniciou mesa sobre Gestão Compartilhada do Território Metropolitano.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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