segunda-feira, 1 de outubro de 2012

PALESTRANTES FALAM DAS AÇÕES METROPOLITANAS EM PERNAMBUCO E SÃO PAULO‏

Os projetos para desenvolver as regiões metropolitanas de Recife, Santos e Campinas foram apresentados na terceira mesa do seminário “Diálogos Metropolitanos, ideias para modelar a metrópóle”, realizado pelo Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado, na última sexta (28), na sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. “O cidadão não se interessa pelo limite físico entre seu município e o vizinho, mas o que ele quer é saber se vai poder contar com todos os serviços públicos que necessita”, pontuou o diretor-executivo de Apoio à Gestão Regional e Metropolitana da Agência de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco, Luciano Pinto, o primeiro palestrante.

Pinto explicou que, na Região Metropolitana do Recife, há ações conjuntas referentes ao planejamento e à organização e à execução de projetos de interesse das 17 cidades que a compõem, muitos deles ligados ao transporte e à conservação de aterros sanitários. Os prefeitos, segundo ele, reúnem-se anualmente em uma assembleia para discutir os temas de interesse comum. O palestrante comentou que a RMR corresponde a 65% da receita do Estado de Pernambuco. “É por isso que deve haver uma legitimação do compartilhamento de responsabilidades. Isso não significa que um prefeito deixará de ser o chefe do Executivo apenas por fazer parte de um sistema institucional de gestão conjunta”, completou.

A segunda palestrante da mesa foi a diretora técnica da Agência Metropolitana da Baixada Santista, Débora Blanco Bastos Dias. Ela discorreu sobre os interesses comuns dos municípios integrantes da região: as atividades portuária e industrial e o turismo. Débora informou que a agência foi criada em 1998 e hoje conta com câmaras temáticas, que discutem questões ambientais e de saúde, políticas para a juventude e para pessoas com deficiência e ações para a melhoria do sistema hidroviário, entre outros temas.

A diretora adjunta da Agência Metropolitana de Campinas, Maria Célia Silva Caiado, apresentou a terceira palestra. Ela encerrou sua fala dizendo que é preciso desenvolver uma maior cooperação entre os agentes público e privado, pois “trata-se de uma relação benéfica que ainda não foi suficientemente explorada”.
Quarta mesa

O jornalista Cezar Paccioli destacou, na quarta e última mesa, a necessidade de uma ação conjunta entre a União e os órgãos gestores da Região Metropolitana do Rio. Ele enfatizou a falta de um orçamento capaz de cobrir os grandes problemas enfrentados pelos municípios, problemas esses que, em muitos casos, ultrapassam os perímetros urbanos e se tornam dificuldades de toda metrópole. Além disso, Paccioli ressaltou a necessidade de uma ação conjunta das prefeituras, para apontar quais são os recursos e as tarefas que devem ser aplicadas.

O subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano da Secretaria do Estado de Obras, Vicente Loureiro, moderador, mostrou-se otimista com o resultado dos debates. “Tivemos experiências concretas de ações metropolitanas no Brasil e acho que, para nós, que estamos com a tarefa de apresentar até o final do ano um projeto para análise do Governo do Rio, foi muito inspirador” relatou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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