quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

EVENTO LISTA DESAFIOS ATÉ 2050 E FÓRUM FOCARÁ EM COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS

Incentivo a políticas públicas de qualidade, redução da tarifa de eletricidade e combate à corrupção são alguns dos desafios que o País enfrentará nos próximos 37 anos para alcançar o objetivo do documento “Visão Brasil 2050”. A proposta foi elaborada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável em parceria com 500 representantes de 70 empresas, além de instituições acadêmicas, organizações não governamentais e representantes de governos estaduais e federal. A apresentação do projeto ocorreu em reunião realizada pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro nesta terça (19), no Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

Como resultado dessa reunião, o fórum pretende formar um grupo consultivo com as câmaras setoriais, que compõem o órgão, para pensar formas de trabalhar a sustentabilidade nas compras públicas e reunir tudo o que há de legislação sobre esse tema. “Vamos tentar envolver as empresas para esse processo das compras públicas e incentivar os gestores públicos para comprarem produtos que se adequem às práticas de sustentabilidade”, explicou a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha.

O documento foi dividido em nove temas a fim de promover uma discussão sobre sustentabilidade: “Valores e comportamento”, “Desenvolvimento Humano”, “Economia”, “Biodiversidade e florestas”, “Agricultura e pecuária”, “Energia e eletricidade”, “Edificações e ambiente construído”, “Mobilidade” e “Materiais e resíduos”. “A ideia surgiu após a publicação do 'World Vision 2050', lançado em 2010. A partir desse relatório, o CEBDS teve a ideia de fazer uma versão brasileira. O documento traz o cenário atual e o que é preciso fazer até 2020 para se chegar ao futuro que a gente quer em 2050”, explicou a diretora-executiva do Conselho, Lia Lombardi.

Segundo o estudo realizado, em 2050, o Brasil será um país desenvolvido, mas, para que isso ocorra, é necessário que, em 2020, algumas mudanças sejam realizadas nos aspectos relacionados aos temas listados. “É preciso que, daqui a sete anos, as áreas verdes devastadas já estejam recuperadas, haja maior diversificação de fontes limpas de matriz energética, redução da produção de resíduos, auto-conscientização da população em relação à reciclagem e ao reaproveitamento de matérias e que o legado da Copa e das Olimpíadas em relação à mobilidade renda frutos, dentre outros”, citou Lia.

Presidente do Comitê Brasileiro das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Brasil Pnuma), Haroldo Mattos falou sobre a mudança que deve ocorrer nas empresas para a minimização de prejuízos e a realização de negócios bem-sucedidos: “As empresas que insistirem no 'business as usual' vão acabar desaparecendo. Energias renováveis serão extremamente importantes no mundo todo, e as empresas que se adequarem à economia verde, voltada para a sustentabilidade e para a redução de subsídios hoje dados a setores que estão se tornando insustentáveis, vão encontrar novos negócios para que todos nós, empresas, pessoas e organizações, possamos andar juntos para o futuro”.

A apresentação do “Visão Brasil 2050” iniciou os trabalhos do Fórum em 2013, cuja principal importância é unir as entidades e fazer com que elas conheçam trabalhos como o feito pelo CEBDS e promovam debates com a sociedade. “Entendemos que as empresas têm que mudar, assim como o comportamento dos consumidores e as políticas públicas que podem impulsionar e acelerar o processo de melhoria da qualidade da produção. Então, já que esse processo envolve todos, temos que divulgar, discutir e refletir para que a sociedade evolua em vários conceitos”, pontuou Geiza Rocha.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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