sexta-feira, 22 de março de 2013

DEPUTADOS ANUNCIAM APOIO ÀS VÍTIMAS DAS CHUVAS EM VISITA A PETRÓPOLIS‏

As famílias que vêm sofrendo com as consequências das chuvas no estado poderão contar com mais um apoio do Poder Legislativo. Segundo o vice-presidente da Comissão de Defesa Civil da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputado Bernardo Rossi (PMDB), encontra-se em elaboração na Casa um projeto de lei que visa a estruturar os pontos de apoio às pessoas desalojadas. “Esses lugares demandam uma estrutura mínima, como água potável e gerador de energia, entre outras coisas. Então, o projeto objetiva delimitar essa estrutura para os pontos de apoio, locais definidos para o socorro e abrigo das vítimas”, explicou o parlamentar, durante visita da comissão a Petrópolis, na Região Serrana, nesta sexta (22).

O grupo, que também contou com o presidente do colegiado, deputado Flávio Bolsonaro (PP), e do deputado Carlinhos Moutinho (PSDC), membro efetivo, visitou diversos locais da cidade a fim de verificar como está sendo feito o trabalho de apoio às famílias desalojadas após as fortes chuvas ocorridas na última semana. O encontro teve início na Prefeitura de Petrópolis, onde a comissão conversou com o secretário de Governo do município, Carlos Eduardo Galvão Porto, que representou o prefeito Rubens Bomtempo (PSB). O secretário de Assistência Social, Trabalho e Cidadania, Jorge Maia, explicou a atual situação na cidade: “Estamos com quase 1.500 desalojados ou desabrigados que estão sendo atendidos em 12 abrigos”.

Maia comentou que a estimativa é que cerca de 400 famílias deverão receber o Aluguel Social na cidade. “A compra assistida também poderá ser uma solução, pois a mesma já foi implementada uma vez pelo Governo do estado, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente”, acrescentou. Segundo ele, o sistema de alerta funcionou conforme o planejado, evitando maiores perdas. A comissão visitou os pontos mais críticos de Petrópolis, como as localidades de Espírito Santo, situado no bairro Parque Independência, e Quintandinha, local onde 33 pessoas morreram. No bairro Amazonas, os deputados estiveram no ponto de apoio situado na Escola Municipal Stefan Zweig.

O coordenador do abrigo, Flávio Simas, relatou as maiores necessidades no momento: “Hoje, temos 17 famílias desabrigadas, que não voltarão para suas casas. O atendimento social e psicológico está sendo feito pela Secretaria de Assistência Social. Temos alimentos para todas as refeições do dia e roupas, recebidos através de doações. Nossas maiores carências são roupas íntimas, que devem ser novas, material de higiene e roupas para crianças menores de um ano”.

Não é momento de achar culpados. A prefeitura age na medida do possível, mas a população ainda está muito carente de recursos básicos como colchonetes, roupas e alimentos em geral. Ao mesmo tempo, estamos em um círculo vicioso, vivenciando situações que poderiam ter sido evitadas”, avalia o presidente da comissão. Bolsonaro explicou qual será a atuação do colegiado: “Nossa meta é verificar quais prefeituras já enviaram projetos de redução de riscos para que a prevenção possa ser bem executada, porque há verbas da Secretaria Nacional de Defesa Civil direcionadas para essas situações emergenciais, mas não há execução, pois os projetos são mal elaborados ou inexequíveis. Precisamos acabar com a falta de integração dos setores em prol do benefício à população”.

Projeto de 1.500 casas

Segundo Bolsonaro, há uma negociação entre a Prefeitura de Petrópolis e a iniciativa privada para a cessão de 90% de um terreno em Itaipava, distrito do município, que servirá para a construção de 1.500 unidades habitacionais. “Essa negociação existe, mas infelizmente, mesmo com a aprovação da proposta, essas casas só ficarão prontas daqui a um ano. Então, é preciso tomar medidas mais urgentes para realocar essas famílias, como o Aluguel Social e a Compra Assistida, mas não podemos esquecer de um projeto amplo de prevenção a longo prazo”, finalizou o parlamentar.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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