Francisco apelou pela paz na África, na Ásia e no Oriente Médio,
principalmente na Síria. "Paz para o Oriente Médio, especialmente entre
israelitas e palestinos, que sentem dificuldade em encontrar a estrada
da concórdia, a fim de que retomem, com coragem e disponibilidade, as
negociações para pôr termo a um conflito que já dura há demasiado
tempo", disse.
"Paz no Iraque, para que cesse definitivamente toda a violência, e
sobretudo para a amada Síria, para a sua população vítima do conflito e
para os numerosos refugiados, que esperam ajuda e conforto. Já foi
derramado tanto sangue [...] Quantos sofrimentos deverão ainda
atravessar antes de se conseguir encontrar uma solução política para a
crise?"
O papa iniciou a mensagem desejando “Boa Páscoa” aos fiéis, que
acompanhavam na Praça de São Pedro. Ele ainda se referiu ao Mali, ao
Congo e a República Centro-Africana, além da Nigéria. "Paz para a Ásia,
sobretudo na península coreana, para que sejam superadas as divergências
e amadureça um renovado espírito de reconciliação", disse.
Francisco conclamou pelo fim do tráfico de pessoas. "Paz para o mundo
inteiro, ainda tão dividido pela ganância de quem procura lucros fáceis,
ferido pelo egoísmo que ameaça a vida humana e a família – um egoísmo
que faz continuar o tráfico de pessoas, a escravatura mais extensa neste
século vinte e um".
O papa Francisco já impôs um novo estilo no Vaticano. Desde sua
eleição, tem adotado costumes mais simples. Ele continua vivendo na
residência de Santa Marta e não se mudou ao Palácio Apostólico. Ele
também costuma almoçar com outros padres em um refeitório interno. Na
quinta-feira (28), o papa lavou os pés de detentos.
Após as celebrações da Páscoa, Francisco deverá se centrar na
burocracia vaticana, indicando novos nomes para postos-chave da Igreja,
como a Secretaria de Estado.
* Com informações da Rádio Vaticano, BBC Brasil e EBC
Edição: Camilo Borges
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