A Comissão Especial da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro criada para analisar a situação
dos policiais civis, militares e bombeiros vitimados em serviço,
presidida pelo deputado Wagner Montes (PSD), ouviu, nesta quarta (06), mais reclamações
dos servidores da Segurança Pública. O relator da comissão,
deputado Flávio Bolsonaro (PP), afirmou que os responsáveis pelo tratamento dos
vitimados não conseguem prestar o serviço de forma adequada por
falta de verba. "Identificamos muitas carências e vemos que as
pessoas que prestam atendimento psicológico e médico, fornecendo
material hospitalar e cadeiras de rodas, estão em situação
difícil, pois não recebem recursos suficientes para atender toda a
demanda", enfatizou.
Bolsonaro disse ainda
que irá cobrar as soluções dos órgãos competentes e que é
preciso que o Governo dê mais atenção à causa. "Não tem
sido uma prioridade no orçamento garantir esses recursos, e nós,
aqui da comissão, vamos colocar esse assunto em evidência,
tornando-o uma prioridade da agenda pública. Essas pessoas têm
carências diárias e não podem mais esperar", completou.
Marcos Antônio Barros, policial militar, foi reformado após ficar
paraplégico devido a um acidente sofrido durante o serviço. Desde
então, recebe auxílio-invalidez, que considera insuficiente.
"Preciso pagar um enfermeiro acompanhante, plano de saúde e
comprar medicamentos. O auxílio não cobre os gastos. Além do mais,
foi retirado o pagamento integral das gratificações por tempo de
serviço. Estou tendo que recorrer a empréstimos", reclamou.
O tenente-coronel
Roberto Medeiros, representante da Diretoria de Assistência Social da Polícia Militar, declarou que não cabe à DAS resolver
alguns dos problemas levantados na reunião. "Nem tudo que foi
colocado aqui diz respeito a nós, pois afeta outras diretorias, como
a de Inativos e Pensionistas ou a de Saúde. É preciso verificar com
elas o que está acontecendo", afirmou. "Fazemos tudo
segundo a legislação e presos às licitações, pois não temos
verba direcionada para a compra de medicamentos e de cadeira de
rodas. Só prestamos atendimentos emergenciais. Os tratamentos
continuados são responsabilidade do Fundo de Saúde do Policial
Militar", completou.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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