quinta-feira, 7 de março de 2013

RELATOR DIZ QUE FALTA VERBA PARA ATENDIMENTO DE POLICIAIS VITIMADOS

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro criada para analisar a situação dos policiais civis, militares e bombeiros vitimados em serviço, presidida pelo deputado Wagner Montes (PSD), ouviu, nesta quarta (06), mais reclamações dos servidores da Segurança Pública. O relator da comissão, deputado Flávio Bolsonaro (PP), afirmou que os responsáveis pelo tratamento dos vitimados não conseguem prestar o serviço de forma adequada por falta de verba. "Identificamos muitas carências e vemos que as pessoas que prestam atendimento psicológico e médico, fornecendo material hospitalar e cadeiras de rodas, estão em situação difícil, pois não recebem recursos suficientes para atender toda a demanda", enfatizou.
Bolsonaro disse ainda que irá cobrar as soluções dos órgãos competentes e que é preciso que o Governo dê mais atenção à causa. "Não tem sido uma prioridade no orçamento garantir esses recursos, e nós, aqui da comissão, vamos colocar esse assunto em evidência, tornando-o uma prioridade da agenda pública. Essas pessoas têm carências diárias e não podem mais esperar", completou. Marcos Antônio Barros, policial militar, foi reformado após ficar paraplégico devido a um acidente sofrido durante o serviço. Desde então, recebe auxílio-invalidez, que considera insuficiente. "Preciso pagar um enfermeiro acompanhante, plano de saúde e comprar medicamentos. O auxílio não cobre os gastos. Além do mais, foi retirado o pagamento integral das gratificações por tempo de serviço. Estou tendo que recorrer a empréstimos", reclamou.

O tenente-coronel Roberto Medeiros, representante da Diretoria de Assistência Social da Polícia Militar, declarou que não cabe à DAS resolver alguns dos problemas levantados na reunião. "Nem tudo que foi colocado aqui diz respeito a nós, pois afeta outras diretorias, como a de Inativos e Pensionistas ou a de Saúde. É preciso verificar com elas o que está acontecendo", afirmou. "Fazemos tudo segundo a legislação e presos às licitações, pois não temos verba direcionada para a compra de medicamentos e de cadeira de rodas. Só prestamos atendimentos emergenciais. Os tratamentos continuados são responsabilidade do Fundo de Saúde do Policial Militar", completou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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