Irregularidades no cadastro de agentes e equipes do
Programa Saúde da Família levaram o Ministério da Saúde a suspender o
repasse de verbas para nove municípios do estado do Rio. Barra do Piraí,
Belford Roxo, Nilópolis, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paty de Alferes,
Rio de Janeiro, São Gonçalo e Sumidouro tiveram o dinheiro relativo
a janeiro retido pelo governo federal.
No município do Rio, as irregularidades foram constatadas em quatro
equipes da Saúde da Família, uma Equipe de Saúde Bucal e 23
agentes comunitários de saúde. A Secretaria Municipal de Saúde
informou, por meio de nota, que o problema ocorreu devido ao
“desligamento de profissionais, incompatibilidade de carga horária e
documentação incompleta no registro no Sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde”. Segundo a secretaria, o problema ocorre
porque o ingresso de novos profissionais no programa é muito dinâmico.
O Rio conta com 837 Equipes de Saúde da Família, 254 Equipes de Saúde Bucal e 3.787 Agentes Comunitários de Saúde que, segundo a nota,
estão providenciando a regularização do cadastro das equipes e dos
agentes. De acordo com a secretaria, o valor do repasse suspenso é R$ 60
mil, de um total de R$ 300 milhões. A expectativa é que a situação deve
ser regularizada no próximo mês.
Em todo o Brasil, foram suspensos os repasses para 479 municípios.
Foram constatados problemas em 468 Equipes de Saúde da Família, 444 Equipes de Saúde Bucal e 3.350 Agentes Cominitários de Saúde. De
acordo com o ministério, o problema é a falta de atualização do
cadastro, o que gera duplicidade do profissional, condição vetada pelas
regras do programa.
O estado com mais municípios suspensos é a Bahia, com 75, seguida do
Maranhão, com 64, e de Minas Gerais, com 52. Amapá e Rondônia têm apenas
um município na lista. O município que apresentou maior número de
irregularidades foi Belém (PA), com problemas em seis Equipes de Saúde da Família, uma Equipe de Saúde Bucal e 49 Agentes Comunitários de Saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde de Belém, o secretário
Joaquim Pereira Ramos está estudando o caso.
O ministério lembra que a verificação do cadastro é rotineira e a
suspensão do repasse do dinheiro é feita regularmente. Para voltar a
receber os recursos, basta o município atualizar o cadastro pela
internet. Assim que a situação for regularizada, o repasse volta a ser
feito.
Em todo o Brasil, são mais de 33 mil equipes de Saúde da Família, 21
mil equipes de Saúde Bucal e 255 mil Agentes Comunitários de Saúde. Cada
ESF é formada por um médico, um enfermeiro, um auxiliar e seis agentes
comunitários. As ESBs contam com dentista, auxiliar de consultório
dentário e técnico em saúde bucal.
EBC
Edição: Camilo Borges
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