A Comissão Especial da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro instalada para acompanhar os
processos de descontaminação do solo e do lençol freático de
Volta Redonda e a realocação das famílias prejudicadas foi
instalada nesta quinta-feira (25). Segundo o presidente da
comissão, deputado Edson Albertassi (PMDB), técnicos do Instituto Estadual do Ambiente serão convidados a participar de audiências públicas para
esclarecer se o percentual de elementos tóxicos encontrados no solo
de terrenos doados aos metalúrgicos pela Companhia Siderúrgica
Nacional é alto o suficiente para ameaçar a saúde dos
moradores. “A CSN nega que a quantidade de elementos químicos nos
terrenos seja prejudicial, mas o Inea discorda. Os moradores precisam
saber se devem permanecer em suas casas ou deixá-las, e o processo
tem que ser feito com Justiça”, afirmou o parlamentar.
Os terrenos, que ficam
no bairro de Volta Grande IV, foram doados pela CSN ao Sindicato dos
Metalúrgicos em 1995. A empresa, segundo Assessoria Técnica do
Inea, mantinha aterros para depositar lixo tóxico naquele local
desde 1989, o primeiro deles, Aterro Márcia I, foi descoberto em
agosto de 2010. Em 2011, um vazamento de resíduos contaminou o
lençol freático próximo. A CSN foi multada em R$ 35 milhões
quando o Inea comprovou a existência de elementos cancerígenos no
local, como cádmio e cromo, mas a companhia alega que estudo
contratado por ela a uma empresa americana demonstra que não há
risco. “Quando um problema ameaça a sociedade, o Parlamento
precisa ser o primeiro a se intrometer”, disse o deputado Bernardo Rossi (PMDB), membro efetivo do grupo.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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