sexta-feira, 5 de abril de 2013

PREFEITURA DO RIO PRETENDE CONSTRUIR VIA ALTERNATIVA AO ELEVADO DO JOÁ‏


O coordenador de projetos da Secretaria Municipal de Obras do Rio, João Luiz Reis da Silva, anunciou que os moradores da capital terão uma nova via de acesso ligando a zona Sul à Barra da Tijuca, em alternativa ao Elevado do Joá. “Esses estudos estão sendo feitos pela prefeitura e pela Fundação GeoRio. O projeto está em fase de detalhamento e a via alternativa será muito importante. Tão logo seja licitada, começaremos as obras”, anunciou Reis da Silva, sem especificar datas. A confirmação dessa medida aconteceu durante audiência da Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida pela deputada Clarissa Garotinho (PR) e realizada, nesta quinta (04), na Câmara Comunitária da Barra da Tijuca.

Antes disso, o representante da prefeitura prometeu adotar soluções parciais, como a troca das estruturas responsáveis pelo apoio dos tabuleiros das pistas nos pilares de sustentação do viaduto, os chamados “dentes gerber”. “A grande dúvida que fica é o motivo de ninguém conseguir nos dar a garantia da segurança do elevado. Os estudos da Coppe apontam que a solução definitiva seria a substituição dos dois tabuleiros da estrutura, mas não será essa a medida adotada pela prefeitura, pois precisaria de uma interrupção no tráfego. O que a prefeitura está adotando serão soluções parciais, que nos deixam um pouco mais tranquilos, mas causam certa insegurança. O que precisamos fazer é cobrar vias alternativas e a troca dos tabuleiros”, comentou Clarissa.
Durante a audiência, o professor Eduardo Batista, da Coppe/UFRJ, apresentou estudo contratado pela prefeitura para a detecção de problemas estruturais. O trabalho apontou as seguintes necessidades: recuperação permanente dos pontos de corrosão, reforço das vigas principais, recuperação das juntas, recuperação de pilares e manutenção dos cabos de protensão e dos “dentes gerber”. O estudo concluiu que o elevado oferece segurança para uso regular, mas orienta que é necessário tratar os “dentes gerber” e substituir os tabuleiros superiores e inferiores. “Existe uma degradação critica nos dentes de apoio, que foram vistoriados cerca de 420 vezes. Mas, podemos dizer que a solução definitiva é a troca e a renovação completa dos tabuleiros. Isso só poderá ser feito quando tivermos uma via alternativa disponível”, explicou Batista.
Demolição não será necessária por enquanto
Para amenizar os danos e possíveis consequências, a Prefeitura do Rio já determinou que caminhões e veículos de carga não passem mais pela via e também diminuiu o limite de velocidade de 80 para 60 km/h. “A prefeitura contratou a Coppe, que fez um excelente trabalho para vistoriar a estrutura, e as recomendações desse estudo estão sendo seguidas. Já fizemos a redução do limite de velocidade e também a proibição do tráfego de caminhões de carga. O monitoramento e as obras de reforço em todo o elevado já começaram. Com esse trabalho, a indicação de demolição, neste momento, não será necessária”, concluiu Reis da Silva.
“Considero que o Elevado do Joá seja um corpo com câncer, cheio de metástase. A prefeitura tem que fazer, urgentemente, a licitação de uma via alternativa, para, depois, adotar um remédio definitivo”, concordou o deputado Luiz Paulo (PSDB), também presente ao encontro. Durante a audiência, a comissão ainda solicitou ao Executivo municipal os estudos da GeoRio sobre a via alternativa que ligará a Barra à zona Sul e recomendou uma nova pesquisa para levantar os custos da troca completa dos tabuleiros dos viadutos. O engenheiro Fernando MacDowell também esteve na Câmara Comunitária e destacou que os problemas no elevado são recorrentes, citando a década de 80.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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