A Comissão de
Trabalho, Legislação e Seguridade Social da Assembleia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro pretende discutir com o Tribunal Regional do Trabalho as queixas envolvendo assédio moral denunciadas pelo Sindicato
dos Bancários do Rio, durante audiência pública realizada nesta
quinta (27). Presidente da comissão, o deputado Paulo Ramos (PDT) afirmou que muitas leis estão sendo
descumpridas pelo banco Itaú. “Estamos assustados com o sistema de
pressão sob os trabalhadores do Itaú. Estão demitindo pessoas
doentes. É um assédio moral muito grande. Isso tudo em um banco que
tem um lucro absurdo e que presta um serviço deficitário à
população. Eles não cumprem leis e transferem suas
responsabilidades. Vamos buscar o TRT e a Superintendência Regional
do Trabalho e veremos o que é possível fazer para enfrentar essa
situação”, explicou o pedetista.
O procurador do Ministério
Público do Trabalho Marcelo José Fernandes da Silva pediu que
a Alerj pressionasse o tribunal para que sejam destinadas varas
especializadas em conflitos coletivos para casos como estes. “A
criação de varas específicas ajudaria, sim. A gente verifica que
são matérias de alta complexidade e que não podem ser renegadas ao
trâmite normal. Por isso, o juiz precisa estar preparado e municiado
para tratar de questões de natureza coletiva. São essas questões
que vão desafogar o Judiciário”, pontuou. O banco Itaú é
acusado de realizar demissões coletivas, o que vem gerando problemas
de saúde nos funcionários. Segundo a vice-presidente do Sindicato
dos Bancários, Adriana Nalesso, de 2011 a 2013 foram demitidos dois
mil funcionários no município do Rio e 14 mil em todo o País.
"Desde sua fusão com o Unibanco, o Itaú já fechou 18 mil
postos de trabalho", acrescentou.
O deputado Gilberto Palmares (PT) classificou os atos do banco como sendo um
“verdadeiro massacre”, e disse que a comissão irá procurar o
Itaú para discutir problemas ligados à terceirização de
mão-de-obra. O banco não mandou representantes. “São R$ 14
bilhões de lucro somente em 2012 e 14 mil demissões. Além da
prática de assédio moral, também ouvimos queixas de metas
apertadas e outros problemas”, finalizou.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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