sexta-feira, 28 de junho de 2013

QUEIXAS DE SINDICATO LEVARÃO COMISSÃO A PROCURAR TRT‏

A Comissão de Trabalho, Legislação e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro pretende discutir com o Tribunal Regional do Trabalho as queixas envolvendo assédio moral denunciadas pelo Sindicato dos Bancários do Rio, durante audiência pública realizada nesta quinta (27). Presidente da comissão, o deputado Paulo Ramos (PDT) afirmou que muitas leis estão sendo descumpridas pelo banco Itaú. “Estamos assustados com o sistema de pressão sob os trabalhadores do Itaú. Estão demitindo pessoas doentes. É um assédio moral muito grande. Isso tudo em um banco que tem um lucro absurdo e que presta um serviço deficitário à população. Eles não cumprem leis e transferem suas responsabilidades. Vamos buscar o TRT e a Superintendência Regional do Trabalho e veremos o que é possível fazer para enfrentar essa situação”, explicou o pedetista.
 
O procurador do Ministério Público do Trabalho Marcelo José Fernandes da Silva pediu que a Alerj pressionasse o tribunal para que sejam destinadas varas especializadas em conflitos coletivos para casos como estes. “A criação de varas específicas ajudaria, sim. A gente verifica que são matérias de alta complexidade e que não podem ser renegadas ao trâmite normal. Por isso, o juiz precisa estar preparado e municiado para tratar de questões de natureza coletiva. São essas questões que vão desafogar o Judiciário”, pontuou. O banco Itaú é acusado de realizar demissões coletivas, o que vem gerando problemas de saúde nos funcionários. Segundo a vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Adriana Nalesso, de 2011 a 2013 foram demitidos dois mil funcionários no município do Rio e 14 mil em todo o País. "Desde sua fusão com o Unibanco, o Itaú já fechou 18 mil postos de trabalho", acrescentou.

O deputado Gilberto Palmares (PT) classificou os atos do banco como sendo um “verdadeiro massacre”, e disse que a comissão irá procurar o Itaú para discutir problemas ligados à terceirização de mão-de-obra. O banco não mandou representantes. “São R$ 14 bilhões de lucro somente em 2012 e 14 mil demissões. Além da prática de assédio moral, também ouvimos queixas de metas apertadas e outros problemas”, finalizou.

Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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