quinta-feira, 22 de agosto de 2013

COMISSÃO DEFENDE CAMPANHAS CONTRA EXPLORAÇÃO SEXUAL EM GRANDES EVENTOS

A cada ano mais de 100 mil meninas são vítimas de exploração sexual no Brasil, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho. Com base nesses números, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, deputada Inês Pandeló (PT), criou um projeto de lei para realizar uma campanha educativa sobre a exploração sexual de crianças, adolescentes e mulheres nos grandes eventos. “Temos que trabalhar na prevenção dos abusos nos grandes eventos, para que todos aqueles que visitam o Brasil e os que são do país entendam que exploração sexual é crime e devemos coibi-lo”, explicou a parlamentar, durante audiência pública nesta quinta (22) para debater o tema.

Como forma de evitar o aumento da exploração durante os grandes eventos, o Governo federal está destinando R$ 1 bilhão para a segurança pública. O diretor de Projetos Especiais da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Mauro Magliano, explicou durante a audiência que estão sendo criados 12 centros de comando e controle, com um sistema de segurança integrado de informação. “É um sistema por centros de comando e controle regionais, móveis e locais. Assim conseguimos reduzir o tempo de atendimento e melhorar a qualidade do serviço de segurança pública”, explicou Magliano. Além disso, o Governo está capacitando 4.800 profissionais de segurança para trabalhar com a questão da exploração sexual no Brasil. Desses, 1.245 atuarão no Rio.
A audiência também abordou os casos de exploração sexual nas estradas. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, a cada 26,7 quilômetros há um ponto vulnerável de exploração. Existem inclusive casos de menores oferecendo o corpo por R$ 2. Inspetora da PRF, Marisa Dreys apresentou medidas que estão sendo tomadas pela corporação para coibir o crime. Além de realizar um mapeamento dos pontos críticos no país, a PRF também trabalha fixando fluxogramas em seus postos de trabalho para instruir os policiais sobre como agir nesses casos. O Ministério Público do Trabalho, por sua vez, financiou um kit para contribuir com o trabalho da Polícia Rodoviária. “Nós realizamos um trabalho de prevenção com caminhoneiros em pontos vulneráveis e de paradas deles. Colocamos cartazes nos restaurantes desses pontos, conversamos com esses trabalhadores e conscientizamos, pedindo que denunciem”, explicou Marisa.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges

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