Um país com 267 milhões de telefones celulares e poucos investimentos em manutenção. Esta é a conclusão que o presidente da CPI das Telefônicas, Domingos Brazão (PMDB), tirou do depoimento prestado, nesta terça (03), pelo presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, Eduardo Levy. O dirigente reclamou dos custos para ampliação da rede de antenas de telefonia, de R$ 500 mil cada.
Levy sugeriu que as prefeituras se associem às companhias telefônicas para baratear o custo de instalação, com cessão de terrenos e instalações. “Só de aluguel do espaço, são pagos R$ 42 mil por antena. O Brasil possui 60 mil antenas instaladas, mas esse número se mostra insuficiente”, disse Levy, admitindo a escassez da rede.
Para o presidente da CPI, a origem do problema estaria nos leilões de privatização das empresas de telefonia. "O governo federal priorizou um modelo onde, primeiro, tem dinheiro no leilão, mas vai faltar lá na frente em investimento. O leilão é um problema inicial e a falta de antena, a consequência", afirmou Domingos Brazão.
De acordo com o Sinditelebrasil, foram investidos R$ 25 bilhões no ano passado, em todo o país, com a cobertura de internet 3G alcançando 3.409 municípios, ultrapassando a meta de 928 cidades estabelecida até abril deste ano pela Agência Nacional de Telecomunicações.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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