Convocada para explicar os recentes blecautes em toda a região que atua, a Ampla se comprometeu com a Comissão Especial da Alerj para acompanhar as distribuidoras de energia do estado em aplicar R$ 3,5 milhões para atendimentos de emergência durante o próximo verão. A promessa foi feita pela Ampla durante audiência pública realizada nesta terça (17).
“Por causa das chuvas, ocorreram apagões em praticamente todas as regiões do Rio onde a Ampla atua e a resposta de atendimento foi muito lenta. Soubemos de bairros que ficaram sete dias sem energia elétrica”, disse o presidente da comissão, deputado Marco Figueiredo (PROS). “A concessionária fará um acréscimo de investimento de 20% para que essa resposta seja mais rápida. Queremos que a população tenha atendimento de qualidade. A conta de luz é muito cara.”
De acordo com a Ampla, o montante prometido será aplicado de janeiro a março. Diretor técnico da empresa, Fábio Fonseca atribuiu a maior parte das dificuldades a fenômenos climáticos. “Registramos cerca de 3 mil descargas elétricas atmosféricas que atingiram nosso sistema e ventos de até 100km/h. Reconstruir esses trechos é um processo demorado”, disse ele. O diretor de relações institucionais da empresa, Guilherme Brasil, acrescentou que os reparos na rede tiveram “todos os recursos necessários”. Segundo a empresa, 1.160 equipes estiveram atuando em diferentes regiões, de 5 a 9 de dezembro. “Foram 3.400 pessoas trabalhando ininterruptamente e um gasto de quase R$ 1 milhão”, completou Fonseca.
“O problema é que o consumidor chama a equipe da Ampla e, às vezes, precisa ligar de novo e requisitar outra vistoria porque o problema que reportou não foi o que os técnicos encontraram quando chegaram lá. O cidadão não é obrigado a olhar para a rede elétrica e saber exatamente qual problema relatar”, defendeu Jânio Mendes (PDT). “Sem falar que é preciso fazer um novo protocolo a cada ligação”, acrescentou a deputada Lucinha (PSDB). “O atendimento é impessoal e o consumidor é constantemente informado de que a equipe precisará sair de Niterói para atender o chamado”.
O diretor técnico da Ampla se defendeu, mas admitiu que o atendimento é feito de maneira equivocada: “Na verdade, cada região tem a sua própria equipe emergencial. Essa informação está sendo passada de forma errada e iremos corrigi-la”. A comissão requisitou à Ampla uma cópia do relatório apresentado durante a reunião e um cronograma financeiro dos investimentos em cada região do estado. “Não há ninguém que fiscalize a Ampla e a Light. Então, cabe ao Poder Legislativo, e às pessoas, fazer isso”, disse Lucinha.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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