Líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, o deputado André Corrêa (PSD) recebeu, nesta quarta (08), o secretário de Estado de Trabalho e Renda, Sérgio Romay, e representantes de centrais sindicais para discutir o projeto de lei do novo Piso Salarial Regional, a ser votado no retorno do recesso. Durante reunião, Corrêa afirmou que, se depender da Liderança do Governo, o reajuste do estado do Rio de Janeiro será maior do que o nacional, que foi de 6,82%. “O próximo passo é receber as entidades do setor empresarial na Alerj e tentar uma última negociação, antes do Governo enviar a mensagem à Casa. Caso isso não aconteça, vamos trabalhar para que o Rio de Janeiro tenha o índice do seu piso regional acima do piso nacional”, explicou o parlamentar.
O secretário Sérgio Romay lembrou que foram realizadas reuniões no Conselho Regional de Trabalho e Renda com as centrais empresariais e com as centrais dos trabalhadores, mas não se chegou a um acordo final. “Os trabalhadores estão buscando um aumento de 15,78%, enquanto os empresários propõem 6,65%, menos do que o próprio piso nacional. Entendo que isso será ajustado, deve se chegar a um número intermediário”, concluiu o secretário.
O representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Paulo Jagek, explicou através de um estudo porque as centrais trabalhistas estão pedindo este reajuste. Segundo Jagek, esta proposta vem reparar um erro cometido nos reajustes de outros anos. “Quando o piso regional foi criado, em 2001, a ideia básica era que ele pudesse permitir aos estados estabelecer um piso salarial compatível ao poder econômico de cada região. No entanto, ao longo desses anos, o Rio de Janeiro sofreu com reajustes menores do que o nacional e isso afetou o salário do carioca. Se esse reajuste proposto agora fosse aprovado os trabalhadores voltariam a ser beneficiados”, atestou Paulo.
Além do reajuste salarial, as centrais trabalhistas reivindicam a redução de faixas na lei do piso estadual, de nove para cinco. Para o representante do Conselho Estadual de Trabalho, Emprego e Renda, Cláudio Rocha, essas cinco faixas obedecem a um critério de estudo. “A ideia é dividir as faixas da seguinte forma: uma faixa para nível superior, duas faixas para nível técnico e três faixas para trabalhador não especializado. O mais importante é que o trabalhador entenda que quando falamos de redução de faixa nós não estamos excluindo qualquer profissão ou qualquer categoria profissional que já está sendo beneficiada na lei do piso estadual, queremos apenas reagrupar as categorias de forma correta, salarialmente”, sintetizou Cláudio. O deputado André Corrêa disse que vai levar esse pedido ao governador Sérgio Cabral (PMDB), e tentar avançar nesta questão.
Comunicação Social da Alerj
Edição: Camilo Borges
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