A empresa que desenvolve o Porto do Açu, Prumo Logística Global, controlada pelo grupo americano EIG, anunciou que manterá todos os compromissos assumidos quando ainda se chamava LLX e pertencia ao empresário Eike Batista. Entre eles estão acordos estabelecidos com trabalhadores da região, como pescadores e agricultores. A informação foi divulgada pelo diretor de implantação da empresa, Luis Baroni, durante audiência pública realizada nesta segunda (17), pela Comissão Especial do Porto do Açu da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra, Norte do estado.
Para garantir que os compromissos, tal como o complexo pesqueiro, saiam do papel, o presidente da comissão, deputado Roberto Henriques (PSD), solicitou que a empresa controladora da obra marcasse reuniões com cada representação trabalhista para solucionar os problemas específicos. “Já é uma certeza de que o projeto vai sair, mas temos que amarrar todas as questões para que nenhuma classe seja prejudicada”, reforçou o parlamentar, que se disse otimista em relação ao empreendimento, que, segundo especulações no último ano, esteve ameaçado durante a crise da LLX. “A comissão apresentou os questionamentos da população aos representantes da empresa e do estado. A maior parte da demanda foi esclarecida na reunião. A partir dessas audiências chegamos à conclusão de que o empreendimento vai prosperar”, afirmou Henriques.
A presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro, Maria da Conceição Ribeiro, informou já ter atendido aos pedidos feitos pelos agricultores, entre eles acabar com as desapropriações e dar aos agricultores um auxílio produção até receberem a indenização pelos terrenos. "Já foram atendidas com o programa 330 famílias, totalizando um auxílio de R$ 7 milhões, mas mesmo assim queremos ouvir os agricultores que não estão sendo beneficiados ou que se sintam prejudicados de alguma forma", afirmou a presidente da Codin. Quanto ao complexo pesqueiro, cobrado durante o encontro pela representante dos pescadores, Elizie Alcântara dos Santos, Baroni garantiu que a promessa será realizada até o final da obra.
Secretário nega crise
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, negou qualquer tipo de crise no projeto. “A obra andou, é uma realidade e não tem volta. Já temos pontos irreversíveis acontecendo na cidade. O primeiro que podemos destacar é o mineroduto. Foram investidos 10 bilhões de dólares nesse projeto, só isso já justificaria a importância do Porto do Açu para essa região. Ainda serão investidos R$ 1,2 bilhões no projeto até o final do ano, além dos 6 mil empregos gerados até hoje na região”, citou o secretário.
Bueno lembrou ainda que o empreendimento será beneficiado com a extração do pré-sal “O Porto do Açu vai se tornar uma ancora importantíssima do pré-sal. O Brasil, hoje, produz dois milhões de barris de petróleo por ano, esse número vai dobrar até 2016 e triplicar até 2020”, previu.
No final da audiência foram agendadas reuniões entre as classes de trabalhadores e a Prumo. A primeira será com os sindicalistas no dia 25 de fevereiro, às 14h, na sede do sindicato dos construtores civis, em Campos dos Goytacazes.
Comunicação Social da Alerj
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