Com o objetivo de promover mecanismos de mercado para facilitar o cumprimento de leis ambientais e apoiar a economia verde no estado do Rio e em todo o país, foi desenvolvida a Bolsa de Valores Ambientais. O coordenador da instituição, Maurício Moura Costa, apresentou os mecanismos desenvolvidos para a Câmara Setorial de Agronegócio do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, em reunião nesta quinta (18). “Mais do que apresentar a Bolsa, queremos entender de que maneira ela pode ser um impulsionador do agronegócio no estado do Rio. Entretanto, para de fato darmos um salto no mercado e na dinamização econômica da produção rural, precisamos lidar com os gargalos que existem”, frisou a subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha.
Durante o encontro, Geiza afirmou que o principal problema a ser enfrentado é a adequação de propriedades rurais ao Cadastro Ambiental Rural, um instrumento fundamental no processo de regularização ambiental de posses rurais, através do levantamento de informações georreferenciadas do imóvel. “Na próxima reunião vamos buscar um retrato mais atualizado do CAR no estado. Vamos convidar a Secretaria de Ambiente; o Instituto Estadual do Ambiente, quem está fazendo o esforço de viabilizar esse cadastro no estado; a Secretaria de Estado de Agricultura, que possui os técnicos no campo, envolvidos de uma certa forma nesse desafio e a Federação da Agricultura, que tem feito algumas palestras de sensibilização para os produtores, de como viabilizar o CAR”, anunciou.
Para Maurício Moura, o principal objetivo da BVRio é a transformação de passivos em ativos ambientais, através da compensação de reserva legal, por exemplo. O método é citado no atual Código Florestal, que assegura uma área de proteção de fauna e flora nativa dentro de uma propriedade rural. “A BVRio faz essa intermediação. Um mecanismo que atinge os dois lados dessa equação, o produtor em uma área de vocação agrícola, que não pode reduzir sua área e aquele proprietário que tem uma área florestada, de conservação ambiental, que pode receber para manter aquela área preservada”, frisou. Maurício assegurou, ainda, que a manutenção de uma área com vegetação nativa também possui grandes custos, sobretudo para preservar e proteger. “Manter a floresta em pé é custoso. A partir do momento em que essa pessoa pode vender uma cota sobre essa área, ela é remunerada por isso, podendo cobrir os custos e ainda ter uma receita adicional”, explicou.
Edição: Camilo Borges
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