quarta-feira, 20 de julho de 2016

Niterói sedia seminário inédito sobre aedes aegypti.‏

A ameaça de doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegipty, que tem preocupado atletas estrangeiros e feito até alguns desistirem de participar das Olimpíadas do Rio, vai ser um dos principais temas do seminário organizado pela Associação Pestalozzi de Niterói e pelo Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência (ILTC), no dia 28 de julho, no Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, das 8 às 13 horas.
Estudiosos, pesquisadores e cientistas discutirão as questões que envolvam a presença de agentes infecciosos no país, especialmente no Estado do Rio de Janeiro. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas. A inscrição pode ser feita pelo site <saudepublicarj.org.br>.
Diretores dos três principais institutos de pesquisa biomédica do país, Edimilson Migowski , do Vital Brazil, sediado em Niterói;  Wilson Savino, da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro; e Jorge Kalil do Butantan em São Paulo, vão participar, pela primeira vez de uma mesa redonda sobre as ameaças à saúde pública no Estado do Rio, mediada pelo médico Luiz Antônio Santini, ex-diretor do Inca e da Faculdade de Medicina da UFF.
Segundo o professor José Raymundo Romeo, presidente da Pestalozzi, o seminário visa levar aos cidadãos as orientações de estudiosos, pesquisadores e cientistas “sobre todas as questões que envolvam a presença de agentes infecciosos em nosso País, muito especialmente do Aedes aegypti, sem descuido com o vírus da Influenza A (H1N1), ao mesmo tempo em que busca melhor informar a todos sobre as instâncias responsáveis pelo atendimento comunitário de saúde, também com destaque para o atendimento aos portadores de deficiências, muito especialmente aos que são atingidos pelo zika.
O Ministério da Saúde divulgou, na última quinta-feira (07), novos dados de microcefalia. Até 2 de julho, foram confirmados 1.656 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. Outros 3.130 casos suspeitos de microcefalia em todo o país permanecem em investigação pelo Ministério da Saúde e os estados.
Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 334 mortes suspeitas de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Isso representa 4% do total de casos notificados. Destes, 92 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 184 continuam em investigação e 58 foram descartados.
Em 1º de fevereiro, a Organização Mundial de Saúde decretou “Emergência de Saúde Pública Internacional”, pelas alarmantes proporções que o mosquito trazia para o mundo todo. Segundo o último levantamento da OMS, divulgado em maio, o Brasil registrava 1.271 casos de microcefalia atribuídos ao vírus zika.
Desde a reformulação do Regulamento Sanitário Internacional, em 2007, apenas três doenças receberam este status da OMS: H1N1, em 2009; poliomielite, em 2014; e, o último alerta, também em 2014, quando o surto do ebola se expandia em países da África.
 Vinícius Martins - Colaborador

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário