Brasília – A Organização das Nações Unidas (ONU) estuda a possibilidade de enviar mais 2 mil soldados para missão de paz na Costa do Marfim. Atualmente, 9 mil militares estrangeiros atuam no país em forças de paz.
A Costa do Marfim vive clima de violência provocado pelo impasse político gerado pela decisão do atual presidente, Laurent Gbagbo, de se manter no poder embora as eleições tenham dado vitória ao oposicionista Alassane Ouattara.
As informações são da agência de notícias das Nações Unidas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que vai enviar na próxima semana solicitação ao Conselho de Segurança para que mais soldados sejam enviados à Costa do Marfim.
Desde 2002, forças de paz da ONU estão no país africano para ajudar nas ações de reunificação – uma vez que a Costa do Marfim está dividida pela guerra civil, tendo o Sul controlado pelo governo e o Norte em poder dos rebeldes.
Pelos dados da ONU, 31 pessoas morreram em circunstâncias suspeitas apenas na última semana e há 17 casos de desaparecimentos. O atual presidente da Costa do Marfim pressiona para que os homens da força de paz deixem o país.
O subsecretário-geral para Operações de Paz na Costa do Marfim, Alain Le Roy, disse que o clima de tensão e violência permanece. "As restrições à liberdade de circulação [das forças de paz] na capital e principalmente no Oeste continuam a ser uma preocupação em casos de bloqueios e agressões por parte das forças regulares e irregulares leais a Gbagbo”, disse ele.
O diretor da Divisão de Direitos Humanos da Missão de Paz na Costa do Marfim, Munzu Simon, relatou vários confrontos intercomunitários. Segundo ele, há abusos constantes que surgem a partir de situações corriqueiras, como a violência que eclodiu depois do assassinato de uma mulher em um assalto e que acabou gerando 14 mortes.
Líderes políticos de entidades como a União Africana e a Comunidade Econômica dos Estados do Oeste Africano reconheceram a vitória de Ouattara. Os líderes africanos evitam a necessidade de intervenção militar na Costa do Marfim, mas a medida não é descartada.
Agência Brasil
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